quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pesquisadores inovam em terapia para pedófilos

Os serviços de psiquiatria de prisões e centros de recuperação, quando existem, têm muita dificuldade em tratar homens que cometem pedofilia. Em alguns estados dos EUA, a justiça pode manter o pedófilo preso mesmo que a pena já tenha acabado, se os psicólogos julgarem que ele “ainda não está curado”. Mas como é possível curar um pedófilo?
Psicólogos da Escola de Medicina John Hopkins (Baltimore, Maryland), nos Estados Unidos, admitem que nenhum psiquiatra na história foi capaz de apontar uma razão sólida que leva um homem a ter atração sexual por crianças. Mas isso não significa, no entanto, que os casos não tenham solução: existem avançadas psicoterapias que podem ter um efeito positivo.
Tais terapias, atualmente, baseiam-se numa série de indicadores comportamentais dos pedófilos, e podem traçar um competente perfil psicológico de cada um. Quando o problema começou a ser estudado mais a fundo, nos anos 80, os terapeutas dirigiam-se ao praticante de pedofilia de maneira brusca e rígida, com o intuito de causar um choque no paciente.
Hoje, a abordagem mais indicada é a de empatia entre psiquiatra e paciente. Os médicos explicam que a pedofilia, em geral, está ligada a distúrbios de limitação e violência interpessoal do portador do problema. Combater esse problema, pela raiz, pode ajudá-lo a inibir a própria atração sexual por crianças.
Muita gente acha, por exemplo, que os pedófilos assumem esse comportamento o tempo todo. É um engano. Boa parte dos pedófilos tem famílias, esposas adultas e um casamento comum. Essa realidade mostra, conforme explicam os cientistas, que a situação pode ser revertida: um bom tratamento pode fazer o pedófilo direcionar as suas atrações sexuais apenas para adultos e afastar o objeto infantil da estrutura psicológica.
Para complementar os efeitos da terapia, os psiquiatras ainda recomendam certos medicamentos. Alguns andrógenos (geralmente, esteróides ligados a características masculinas mais visíveis), por exemplo, podem ser ministrados em algumas ocasiões. Nem todos os pedófilos agem da mesma maneira e os perfis psicológicos variam, por isso é necessário estudar caso por caso.

Fonte: HypeScience

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