Nova técnica, mais simples e barata que as anteriores, tem dado resultados nas regiões em que está a ser utilizada. Os 'ratos-heróis' são treinados pela ONG belga Apopo, que investiga, desenvolve e implementa tecnologia de deteção por ratos para fins humanitários, como a remoção de minas.
As minas terrestres podem ficar enterradas durante décadas, mas o seu poder destrutivo não diminui com o passar do tempo. Segundo a Apopo, cerca de 66 países e 7 territórios pós-conflito ainda enfrentam o drama dessas armas perigosas. Uma situação que limita o desenvolvimento dessas regiões ao impedir a agricultura, limitar o acesso à água e restringir a circulação de pessoas.
Para combater o problema, a organização combina a tecnologia de desminagem já existente com o uso inovador dos seus Ratos de Deteção de Minas (MDR, sigla em inglês). No ano passado, 64 animais foram acreditados após passarem pelo centro de treinamento da instituição na Tanzânia. Ao todo já são 300 ratos gigantes africanos, espécie encontrada em grande parte do continente, capacitados para detetar as minas terrestres de forma rápida e eficaz.
Primeiro, ainda filhotes, os ratos são socializados para acostumarem-se com a interação com os humanos. Depois, são treinados e condicionados a associar um clique com o que estão a cheirar, explosivos, para ganhar uma recompensa, comida. Por último, eles aprendem a identificar a opção correta, entre três alternativas, quando ouvem o clique e ganham a recompensa quando acertam.
Veja o vídeo dos funcionários da Apopo a treinar os animais (em inglês):
Para combater o problema, a organização combina a tecnologia de desminagem já existente com o uso inovador dos seus Ratos de Deteção de Minas (MDR, sigla em inglês). No ano passado, 64 animais foram acreditados após passarem pelo centro de treinamento da instituição na Tanzânia. Ao todo já são 300 ratos gigantes africanos, espécie encontrada em grande parte do continente, capacitados para detetar as minas terrestres de forma rápida e eficaz.
Primeiro, ainda filhotes, os ratos são socializados para acostumarem-se com a interação com os humanos. Depois, são treinados e condicionados a associar um clique com o que estão a cheirar, explosivos, para ganhar uma recompensa, comida. Por último, eles aprendem a identificar a opção correta, entre três alternativas, quando ouvem o clique e ganham a recompensa quando acertam.
Veja o vídeo dos funcionários da Apopo a treinar os animais (em inglês):
A parte mais difícil do processo de desminagem é detetar os artefactos, centenas de milhões de dólares já foram gastos em investigações para melhorar a deteção de minas terrestres e salvar vidas. Além das técnicas manuais, com humanos a utilizar detetores de metais e cães treinados, diversos institutos científicos trabalharam no desenvolvimento de deteção por análise térmica, química e por lasers, durante as últimas décadas.
Utilizar essas tecnologias para limpar campos minados pode ser um processo muito lento e caro. "Pode-se gastar muito tempo e dinheiro para descobrir que não há nada. E é ai que esses animais são importantes. Os ratos são ferramentas muito rápidas para aumentar a confiança de que não há mais minas numa grande área", disse à BBC Guy Rhodes, do Centro Internacional para Desminagem Humanitária de Genebra.
Após décadas de conflitos, Moçambique é um dos países que mais sofre com as minas terrestres remanescentes. Em parceria com o Programa Nacional de Desminagem do país, em 2008, a organização tornou-se a operadora de desminagem responsável pela limpeza da província de Gaza, uma das mais afetadas pelo artefacto de guerra. Utilizando o novo método, a Apopo terminou o seu trabalho na região um ano antes do prazo, que terminaria em 2014, e agora o mesmo também será feito nas províncias de Manica, Sofala e Tete.
Segundo dados da entidade, 6.423.361 metros quadrados de campos minados foram devolvidos à população moçambicana. Os ratos-heróis, como ficaram conhecidos, encontraram 2.406 minas terrestres, 13.025 pequenas armas e munições e 992 bombas que foram neutralizadas e destruídas.
Fonte: Diário de Notícias
Utilizar essas tecnologias para limpar campos minados pode ser um processo muito lento e caro. "Pode-se gastar muito tempo e dinheiro para descobrir que não há nada. E é ai que esses animais são importantes. Os ratos são ferramentas muito rápidas para aumentar a confiança de que não há mais minas numa grande área", disse à BBC Guy Rhodes, do Centro Internacional para Desminagem Humanitária de Genebra.
Após décadas de conflitos, Moçambique é um dos países que mais sofre com as minas terrestres remanescentes. Em parceria com o Programa Nacional de Desminagem do país, em 2008, a organização tornou-se a operadora de desminagem responsável pela limpeza da província de Gaza, uma das mais afetadas pelo artefacto de guerra. Utilizando o novo método, a Apopo terminou o seu trabalho na região um ano antes do prazo, que terminaria em 2014, e agora o mesmo também será feito nas províncias de Manica, Sofala e Tete.
Segundo dados da entidade, 6.423.361 metros quadrados de campos minados foram devolvidos à população moçambicana. Os ratos-heróis, como ficaram conhecidos, encontraram 2.406 minas terrestres, 13.025 pequenas armas e munições e 992 bombas que foram neutralizadas e destruídas.
Fonte: Diário de Notícias
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixe aqui o seu comentário.