terça-feira, 30 de abril de 2013

Problemas sexuais aumentam com a crise

O número de casos de impotência e de falta de desejo sexual está a aumentar em Espanha, sobretudo entre as pessoas mais afetadas pela crise económica, alertou hoje o médico espanhol José Luis Arrondo, citado pela EFE.
Presidente da comissão organizadora do XVI Congresso espanhol de Andrologia, Medicina Sexual e Reprodutiva, a decorrer em Pamplona, o especialista exemplificou que entre os mais afetados pelos crescentes problemas sexuais estão as pessoas com dificuldades em pagar hipotecas ou os casais em que ambos se encontram no desemprego.
Segundo Arrondo, a resposta sexual das pessoas é muito influenciada pela atual situação de crise social e económica.
Para o chefe do serviço de Andrologia do Complexo Hospitalar de Navarra, a solução é complicada porque estas pessoas precisam frequentemente de medicamentos que não são comparticipados e que não são baratos, pelo que os doentes não podem comprá-los devido à sua "delicada situação económica".
Na sua intervenção, o especialista referiu também que o homem mudou muito nos últimos anos, no que diz respeito a aceitar os seus problemas sexuais.
"Até há pouco tempo, o homem nem sequer tinha consciência da sua debilidade sexual; se não funcionava bem, entendia que isso era normal e não lhe passava pela cabeça recorrer a um especialista", disse.
Atualmente, os homens já pedem ajuda, embora ainda falte algo: "que recorram com as suas companheiras", afirmou Arrondo, sublinhando a "curiosidade" de, quando se trata de problemas urinários, cerca de 85% dos pacientes aparecerem nas consultas acompanhados, mas, quando é por causa de uma disfunção erétil ou uma ejaculação precoce, surgem sozinhos em 85% dos casos.
O especialista disse ainda que, da sua experiência em 33 anos de carreira, há três tipos de mulheres.
A primeira é "a acomodada", que, quando o marido tem problemas, ou não aparece na consulta ou não participa porque "no fundo está aliviada por uma possível ausência de relações sexuais no futuro".
A segunda é "a reivindicativa", que "arrasta o seu parceiro para a consulta e, longe de ajudar, o que faz é humilhá-lo e dificultar as soluções", enquanto a terceira, a que chama "a colaboradora", é "a ideal, porque entende que não há culpados e que entre ambos podem encontrar a solução para o problema".

Fonte: Diário de Notícias

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