Uma equipa de cientistas italianos diz ter desvendado o mistério do peixe-arqueiro, que cospe um jacto de água seis vezes superior à sua força muscular para caçar. Ele aproveita movimento da água, pelo que a força dos jactos deve-se à dinâmica da água e não só aos órgãos do peixe.
Este mistério dá que falar há quase 250 anos, desde o primeiro relato deste comportamento, em 1764 . Agora o grande poder dos jactos do peixe-arqueiro foi desvendado Alberto Vailati e pelos colegas da Universidade de Milão. O peixe fecha as guelras para forçar a produção do jacto, que é projectado pelo ar, como uma única grande gota de água, que atinge a presa de uma tal maneira que ela se torna refeição.
A dinâmica da água serve assim de “alavanca”, como lhe chama Vailati no estudo, para o peixe-arqueiro, assim como um arqueiro faz com o seu arco, para impulsionador da flecha. Aliás, é a precisão do disparo dos jactos que justifica o nome da espécie, com o nome científico Toxotes jaculatrix. “O mecanismo observado representa um exemplo extraordinário de uma alavanca hidrodinâmica externa que não implica um elevado custo do ponto de vista evolutivo para o desenvolvimento de estruturas internas altamente especializadas dedicadas ao armazenamento de energia mecânica”, refere o artigo.
O peixe consegue arrancar insectos firmemente presos à vegetação fora da água. Assim que os insectos são derrubados pelo jacto, e caem na água, são devorados imediatamente pelo peixe. Esta técnica permite-lhe atingir certeiramente um insecto numa fracção de segundo, mesmo se estiver a dois metros de distância. Peixe típico dos mangais, que por vezes entra pelos em rios e ribeiras adentro, encontra-se na Ásia e na Oceânia, em países como a Indonésia, a Papuásia-Nova Guiné e na Austrália.
Estudos anteriores já tinham demonstrado que não são os órgãos internos do peixe os responsáveis pela técnica mortal de caça. Isso acontece, por exemplo, com os camaleões, que armazenam energia nos próprios corpos, em fibras que actuam como uma mola que lhes permitem disparar as suas línguas repentinamente para capturar as presas. A aceleração do disparo pode atingir os 500 metros por segundo ao quadrado.
O estudo, publicado na revista PLos ONE, foi possível graças à utilização de câmaras de alta velocidade, que permitiram visualizar jactos em fracções de segundo. Os cientistas puderam assim descrever os movimentos do jacto mortal do peixe.
A proposta apresentada pelos cientistas italianos para desvendar o mistério é a primeira a sugerir que os jactos de água disparados pelo peixe-arqueiro, tal e qual uma bisnaga de água, como compara Alberto Vailati, se devem a forças externas, em vez de terem unicamente causas biológicas internas.
Fonte: Público
Este mistério dá que falar há quase 250 anos, desde o primeiro relato deste comportamento, em 1764 . Agora o grande poder dos jactos do peixe-arqueiro foi desvendado Alberto Vailati e pelos colegas da Universidade de Milão. O peixe fecha as guelras para forçar a produção do jacto, que é projectado pelo ar, como uma única grande gota de água, que atinge a presa de uma tal maneira que ela se torna refeição.
A dinâmica da água serve assim de “alavanca”, como lhe chama Vailati no estudo, para o peixe-arqueiro, assim como um arqueiro faz com o seu arco, para impulsionador da flecha. Aliás, é a precisão do disparo dos jactos que justifica o nome da espécie, com o nome científico Toxotes jaculatrix. “O mecanismo observado representa um exemplo extraordinário de uma alavanca hidrodinâmica externa que não implica um elevado custo do ponto de vista evolutivo para o desenvolvimento de estruturas internas altamente especializadas dedicadas ao armazenamento de energia mecânica”, refere o artigo.
O peixe consegue arrancar insectos firmemente presos à vegetação fora da água. Assim que os insectos são derrubados pelo jacto, e caem na água, são devorados imediatamente pelo peixe. Esta técnica permite-lhe atingir certeiramente um insecto numa fracção de segundo, mesmo se estiver a dois metros de distância. Peixe típico dos mangais, que por vezes entra pelos em rios e ribeiras adentro, encontra-se na Ásia e na Oceânia, em países como a Indonésia, a Papuásia-Nova Guiné e na Austrália.
Estudos anteriores já tinham demonstrado que não são os órgãos internos do peixe os responsáveis pela técnica mortal de caça. Isso acontece, por exemplo, com os camaleões, que armazenam energia nos próprios corpos, em fibras que actuam como uma mola que lhes permitem disparar as suas línguas repentinamente para capturar as presas. A aceleração do disparo pode atingir os 500 metros por segundo ao quadrado.
O estudo, publicado na revista PLos ONE, foi possível graças à utilização de câmaras de alta velocidade, que permitiram visualizar jactos em fracções de segundo. Os cientistas puderam assim descrever os movimentos do jacto mortal do peixe.
A proposta apresentada pelos cientistas italianos para desvendar o mistério é a primeira a sugerir que os jactos de água disparados pelo peixe-arqueiro, tal e qual uma bisnaga de água, como compara Alberto Vailati, se devem a forças externas, em vez de terem unicamente causas biológicas internas.
Fonte: Público
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