Um grupo de investigadores, liderados por um português, concluiu que estão a formar-se 30 vezes menos estrelas do que há 11 mil milhões de anos, mas a galáxia da Terra ainda dá um contributo positivo.
O astrofísico David Sobral coordena uma equipa de investigadores de várias nacionalidades, entre ingleses, um japonês, um italiano e um holandês, a trabalhar em diferentes locais do mundo, de Edimburgo a Quioto, dedicados a estudar o universo.
A partir da Universidade de Leiden, na Holanda, David Sobral lidera o projeto que está a utilizar três dos melhores telescópios do mundo, dois no Havai e um no Chile.
"Medimos a taxa de natalidade ao longo da história e verificamos que, no pico da atividade do universo, há cerca de 11 mil milhões de anos, existiam cerca de 30 toneladas por minuto de estrelas a formar-se num determinado volume, enquanto que, hoje, num volume comparável, apenas se está a formar uma tonelada de estrelas por minuto", disse hoje à agência Lusa o cientista.
"Temos amostras 10 vezes superiores ao que existia antes, e usamos a mesma técnica, o que nunca tinha sido feito antes", realçou David Sobral.
O investigador salientou a diminuição gradual do que chama o Produto Interno Bruto (PIB) cósmico, numa analogia à criação de riqueza económica, ou seja, a quantidade de novas estrelas que se está a formar.
Aliás, são as estrelas que dão o seu contributo para a criação de riqueza, de que são exemplo os metais preciosos.
"Estamos numa época em que se formam poucas estrelas, e vão formar-se cada vez menos à medida que os anos passam. Mesmo que esperássemos um tempo infinito, o universo nunca vai formar mais do que cinco por cento das estrelas que existem hoje", explicou.
Assim, "a maior parte das estrelas que existem e vão existir formaram-se no passado", concluiu David Sobral.
"A nossa galáxia é uma das que ainda contribui para a quantidade de estrelas que se formam no universo inteiro, porque é uma galáxia relativamente saudável e, pelo menos nos próximos seis ou sete mil milhões de anos, vai continuar a formar estrelas de forma razoável, sustentável, até que irá colidir com uma galáxia vizinha", relatou o cientista.
Quando viajam no tempo com estes telescópios, os astrónomos recolhem amostras de cerca de mil galáxias em cada uma das épocas, podem compará-las diretamente e olhar para as suas características, se estão juntas ou isoladas, por exemplo.
David Sobral referiu que, com "uma medição muito boa da taxa de natalidade de estrelas", é possível fazer uma previsão de qual será o número total de estrelas que existe no universo ao longo dos tempos.
"Com base na evolução desta taxa de natalidade, sabemos quantas estrelas deverão existir no universo daqui a cinco mil milhões de anos ou 100 mil milhões de anos, até quase a um tempo infinito", acrescentou.
Fonte: Diário de Notícias
O astrofísico David Sobral coordena uma equipa de investigadores de várias nacionalidades, entre ingleses, um japonês, um italiano e um holandês, a trabalhar em diferentes locais do mundo, de Edimburgo a Quioto, dedicados a estudar o universo.
A partir da Universidade de Leiden, na Holanda, David Sobral lidera o projeto que está a utilizar três dos melhores telescópios do mundo, dois no Havai e um no Chile.
"Medimos a taxa de natalidade ao longo da história e verificamos que, no pico da atividade do universo, há cerca de 11 mil milhões de anos, existiam cerca de 30 toneladas por minuto de estrelas a formar-se num determinado volume, enquanto que, hoje, num volume comparável, apenas se está a formar uma tonelada de estrelas por minuto", disse hoje à agência Lusa o cientista.
"Temos amostras 10 vezes superiores ao que existia antes, e usamos a mesma técnica, o que nunca tinha sido feito antes", realçou David Sobral.
O investigador salientou a diminuição gradual do que chama o Produto Interno Bruto (PIB) cósmico, numa analogia à criação de riqueza económica, ou seja, a quantidade de novas estrelas que se está a formar.
Aliás, são as estrelas que dão o seu contributo para a criação de riqueza, de que são exemplo os metais preciosos.
"Estamos numa época em que se formam poucas estrelas, e vão formar-se cada vez menos à medida que os anos passam. Mesmo que esperássemos um tempo infinito, o universo nunca vai formar mais do que cinco por cento das estrelas que existem hoje", explicou.
Assim, "a maior parte das estrelas que existem e vão existir formaram-se no passado", concluiu David Sobral.
"A nossa galáxia é uma das que ainda contribui para a quantidade de estrelas que se formam no universo inteiro, porque é uma galáxia relativamente saudável e, pelo menos nos próximos seis ou sete mil milhões de anos, vai continuar a formar estrelas de forma razoável, sustentável, até que irá colidir com uma galáxia vizinha", relatou o cientista.
Quando viajam no tempo com estes telescópios, os astrónomos recolhem amostras de cerca de mil galáxias em cada uma das épocas, podem compará-las diretamente e olhar para as suas características, se estão juntas ou isoladas, por exemplo.
David Sobral referiu que, com "uma medição muito boa da taxa de natalidade de estrelas", é possível fazer uma previsão de qual será o número total de estrelas que existe no universo ao longo dos tempos.
"Com base na evolução desta taxa de natalidade, sabemos quantas estrelas deverão existir no universo daqui a cinco mil milhões de anos ou 100 mil milhões de anos, até quase a um tempo infinito", acrescentou.
Fonte: Diário de Notícias
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