quarta-feira, 20 de junho de 2012

E a humanidade pesa... quase 300 milhões de toneladas

Em 2005, a massa corporal total da população adulta mundial era de 287 milhões de toneladas, segundo cientistas britânicos que acabam de publicar a sua estimativa na revista BMC Public Health.
Ian Roberts e colegas, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, escrevem que, para obter os seus resultados, utilizaram dados disponíveis sobre o índice de massa corporal de cada país (IMC, que quando superior a 25 indica excesso de peso e a partir de 30 obesidade), bem como a distribuição da altura nas populações correspondentes.
Do total dessa biomassa, explicam ainda, 15 milhões de toneladas representam o excesso de peso e 3,5 milhões a obesidade. E um terço desses 3,5 milhões de toneladas vivem na América do Norte, embora aquela região só represente, em termos demográficos, 6% da população global! A título de comparação, a Ásia, onde vive 61% da população mundial, só contribui para 13% da biomassa humana devida à obesidade. E já agora, os dez países mais “pesados” são, para além dos EUA, o Kuwait , Croácia, Qatar, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Trinidade e Tobago, Argentina, Grécia e Bahrein e os dez mais “leves” a Coreia do Norte, Camboja, Burundi, Nepal, República Democrática do Congo, Bangladesh, Sri Lanka, Etiópia, Vietname e Eritreia.
“Uma tonelada de biomassa corresponde a perto de 12 adultos na América do Norte e a 17 na Ásia”, precisam os autores. “E se todos os países tivessem a distribuição do índice de massa corporal dos EUA, o aumento de biomassa humana seria de 58 milhões de toneladas, correspondendo às necessidade energéticas de 473 milhões de adultos.”
Ou seja, não basta reduzir o crescimento populacional. Também é preciso travar o consumo excessivo de alimentos. "[No futuro], o aumento do excesso de peso da população poderia ter o mesmo impacto nas necessidades alimentares globais do que um aumento populacional de quase meio milhão de pessoas", concluem.

Fonte: Público

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