Alguns medicamentos devem ser separadamente orientados para homens ou mulheres por causa das diferenças metabólicas significativas que podem afectar quer o início quer a progressão da doença, afirmam cientistas alemães. Esta conclusão, publicada no jornal PLoS Genetics, é baseada numa análise de amostras de sangue de mais de 3300 voluntários.
O professor Jerzy Adamski do Centro de Ciências da Saúde de Munique, e os seus colegas determinaram a concentração de 131 metabolitos nestas amostras e encontrou diferenças importantes de género em 113 deles.
Metabolitos são substâncias derivadas de, ou envolvidos, em processos metabólicos. O perfil metabólico de uma pessoa é como que uma assinatura que pode revelar detalhes sobre os processos bioquímicos em curso no organismo. Quando combinado com estudos genéticos, um perfil metabólico pode fornecer dados importantes sobre a regulação de genes que estão relacionados com doenças complexas como a diabetes ou Alzheimer.
"Existem várias doenças muito frequentes em todo o mundo - diabetes, cancro do pulmão, cancro do cólon e cancro de tiróide - que têm uma clara diferença entre os sexos", diz Adamski. "O problema sempre foi descobrir porque é que isso é assim… A nossa contribuição para essa compreensão é descobrir quais as vias ao nível metabólico estão realmente a distinguir os sexos."
Metabolitos são substâncias derivadas de, ou envolvidos, em processos metabólicos. O perfil metabólico de uma pessoa é como que uma assinatura que pode revelar detalhes sobre os processos bioquímicos em curso no organismo. Quando combinado com estudos genéticos, um perfil metabólico pode fornecer dados importantes sobre a regulação de genes que estão relacionados com doenças complexas como a diabetes ou Alzheimer.
"Existem várias doenças muito frequentes em todo o mundo - diabetes, cancro do pulmão, cancro do cólon e cancro de tiróide - que têm uma clara diferença entre os sexos", diz Adamski. "O problema sempre foi descobrir porque é que isso é assim… A nossa contribuição para essa compreensão é descobrir quais as vias ao nível metabólico estão realmente a distinguir os sexos."
SNPs de DNAPara fazer isso, a equipa de investigação procurou em todo o genoma humano pequenas mudanças no DNA chamadas de polimorfismos de nucleótido único (SNPs) que podem ajudar a explicar as suas observações ao nível metabólico. O próximo passo era ver se esses SNPs estavam associados a genes específicos.
"Analisámos a identidade dos genes que possuíam os SNPs para ver se eles estavam a contribuir para a fisiologia humana."
"Através desta abordagem, foram capazes de dizer qual é a importância biológica de um único SNP, em vez de dizer que porque o SNP se encontra num gene conhecido, deve ter um impacto."
Eles descobriram que SNPs numa região de um gene designado por CSP1 tinha uma associação específica do sexo com um dos metabolitos analisados.
"Analisámos a identidade dos genes que possuíam os SNPs para ver se eles estavam a contribuir para a fisiologia humana."
"Através desta abordagem, foram capazes de dizer qual é a importância biológica de um único SNP, em vez de dizer que porque o SNP se encontra num gene conhecido, deve ter um impacto."
Eles descobriram que SNPs numa região de um gene designado por CSP1 tinha uma associação específica do sexo com um dos metabolitos analisados.
Sexo e drogas
Adamski diz que a abordagem actual para se tratarem doenças não tem em consideração as diferenças metabólicas entre homens e mulheres. "É possível ajustar o sistema para tornar a droga mais eficiente", diz ele. Há também uma aplicação no diagnóstico da doença. "Por exemplo, o estado pré-diabético em homens e mulheres pode ser diferente e isso não é implementado no diagnóstico presente, que é baseado na idade, pressão arterial, IMC e níveis de glucose." "Esta é a ponta do iceberg."
Adamski diz que a abordagem actual para se tratarem doenças não tem em consideração as diferenças metabólicas entre homens e mulheres. "É possível ajustar o sistema para tornar a droga mais eficiente", diz ele. Há também uma aplicação no diagnóstico da doença. "Por exemplo, o estado pré-diabético em homens e mulheres pode ser diferente e isso não é implementado no diagnóstico presente, que é baseado na idade, pressão arterial, IMC e níveis de glucose." "Esta é a ponta do iceberg."
Próximo passoAdamski diz que os investigadores estão agora a olhar para uma metabolómica não dirigida. "Estamos a aproximar-nos do metaboloma todo e olhando para as diferenças... achamos que existem mecanismos que são baseadas na regulação e não na presença de um determinado gene." "Que eles descrevem o componente genético para o que é necessário metabolismo específico do género - esta é uma ideia completamente nova", diz Adamski. "Precisamos [de estudar pelo menos] 2000-3000 metabolitos para ver o que está a acontecer",
Mas não será fácil. Há aproximadamente 200.000 metabolitos no organismo, e dado que alguns só são encontrados em certos tecidos, como músculo ou fígado, não há um método único que os pode identificar a todos ao mesmo tempo.
Mas não será fácil. Há aproximadamente 200.000 metabolitos no organismo, e dado que alguns só são encontrados em certos tecidos, como músculo ou fígado, não há um método único que os pode identificar a todos ao mesmo tempo.
Fonte: ABC Science
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