Dois pandas gigantes no zoológico de Memphis deixaram um presente aos investigadores. Estudos com fezes de panda mostraram que os micróbios do seu intestino digerem o bambu de forma eficiente - um truque que os seres humanos poderiam aproveitar para transformar o material de plantas lenhosas em fontes alternativas de energia.
"Estamos a levar este lixo – fezes de panda e os correspondentes microorganismos presentes - e tentamos quebrar outra forma de lixo", diz Ashli Brown, um bioquímico na Mississippi State University. Brown publicou os resultados numa reunião em Denver da Sociedade Americana de Química.
Os pandas comem bambu quase que exclusivamente, mas não têm um estômago com vários compartimentos, como as vacas, para ajudar a digerir todas aquelas plantas. Basicamente, o bambu entra por uma extremidade e sai pela outra, e "qualquer coisa que lá reside tem que ser muito eficiente para quebrar o material lenhoso", diz Candace Williams, uma estudante graduada da equipa de Brown.
Williams começou por estudar como é que os pandas extraem os nutrientes do bambu, e diz que foi natural pensar em outras coisas para fazer com as fezes que obteve de YaYa e LeLe no zoológico. Assim, durante 14 meses, ela encontrou nas fezes membros de oito grupos comuns de bactérias, tais como Clostridium. Williams descobriu 12 espécies de bactérias digestoras de resíduos, incluindo pelo menos uma nunca antes visto em pandas.
Os cientistas estão agora a tentar extrair as enzimas que essas bactérias usam para digerir plantas. O trabalho preliminar sugere que essas bactérias são pelo menos tão eficientes na digestão como as similares encontradas no intestino das térmitas, diz Brown.
Uma vez isoladas, as enzimas poderiam ser produzidas no laboratório e, possivelmente, utilizadas para acelerar o processo complicado de converter o material vegetal dura e fibroso, como a celulose, em biocombustível.
"O objetivo será estabelecer biorreatores nas quais a celulose será convertida em hidrogénio e/ou metano", diz José Rodriguez, um químico no estado de Mississippi, que não está envolvido na pesquisa. Mas manter os micróbios vivos nos reatores pode ser um desafio, adverte.
Por enquanto, a equipa de Brown está a avançar com os estudos das fezes. Como os bambus ingeridos são excretados com uma aparência de feno, as fezes de panda "são provavelmente o material fecal mais agradável para trabalhar", diz Brown. "Candace e eu temos trabalhado com outras fezes, e podemos assegurar que estas têm um cheiro bastante agradável."
"Estamos a levar este lixo – fezes de panda e os correspondentes microorganismos presentes - e tentamos quebrar outra forma de lixo", diz Ashli Brown, um bioquímico na Mississippi State University. Brown publicou os resultados numa reunião em Denver da Sociedade Americana de Química.
Os pandas comem bambu quase que exclusivamente, mas não têm um estômago com vários compartimentos, como as vacas, para ajudar a digerir todas aquelas plantas. Basicamente, o bambu entra por uma extremidade e sai pela outra, e "qualquer coisa que lá reside tem que ser muito eficiente para quebrar o material lenhoso", diz Candace Williams, uma estudante graduada da equipa de Brown.
Williams começou por estudar como é que os pandas extraem os nutrientes do bambu, e diz que foi natural pensar em outras coisas para fazer com as fezes que obteve de YaYa e LeLe no zoológico. Assim, durante 14 meses, ela encontrou nas fezes membros de oito grupos comuns de bactérias, tais como Clostridium. Williams descobriu 12 espécies de bactérias digestoras de resíduos, incluindo pelo menos uma nunca antes visto em pandas.
Os cientistas estão agora a tentar extrair as enzimas que essas bactérias usam para digerir plantas. O trabalho preliminar sugere que essas bactérias são pelo menos tão eficientes na digestão como as similares encontradas no intestino das térmitas, diz Brown.
Uma vez isoladas, as enzimas poderiam ser produzidas no laboratório e, possivelmente, utilizadas para acelerar o processo complicado de converter o material vegetal dura e fibroso, como a celulose, em biocombustível.
"O objetivo será estabelecer biorreatores nas quais a celulose será convertida em hidrogénio e/ou metano", diz José Rodriguez, um químico no estado de Mississippi, que não está envolvido na pesquisa. Mas manter os micróbios vivos nos reatores pode ser um desafio, adverte.
Por enquanto, a equipa de Brown está a avançar com os estudos das fezes. Como os bambus ingeridos são excretados com uma aparência de feno, as fezes de panda "são provavelmente o material fecal mais agradável para trabalhar", diz Brown. "Candace e eu temos trabalhado com outras fezes, e podemos assegurar que estas têm um cheiro bastante agradável."
Fonte: Science News
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