Os cientistas ficaram surpreendidos com a rapidez com que as bactérias desenvolveram resistência aos medicamentos antibióticos milagrosos quando eles foram desenvolvidos há menos de um século atrás. Agora, cientistas da McMaster University descobriram que a resistência tem existido há pelo menos 30.000 anos. Os resultados da pesquisa, publicada na revista Nature, mostram que a resistência a antibióticos é um fenómeno natural que antecede o uso clínico moderno do antibiótico. Os investigadores principais do estudo são Gerry Wright, diretor científico do Michael G. DeGroote Institute for Infectious Disease Research e Hendrik Poinar, geneticista evolutivo da McMaster University. "A resistência aos antibióticos é vista como um problema atual e o facto de que os antibióticos estão a tornar-se menos eficazes devido à resistência que se tem espalhado em hospitais é algo conhecido", disse Wright. "A grande questão é de onde vem essa resistência?"
Depois de anos de estudo do DNA de bactérias extraídos do solo congelado permafrost dos Territórios Yukon, com 30 mil anos de idade, os pesquisadores foram capazes de desenvolver métodos para isolar corretamente o DNA antigo. Usando técnicas de biologia molecular, os métodos foram desenvolvidos para permitir a análise de pequenas porções do DNA antigo.
Os investigadores encontraram genes associados à resistência a antibióticos, além de genes relacionados com a vida antiga, tais como de mamutes, de cavalos, bisontes e plantas encontradas somente naquela localidade durante o último período interglacial no Pleistoceno, há pelo menos 30.000 anos atrás. Os investigadores concentraram-se numa área específica da resistência aos antibióticos, nomeadamente à vancomicina, uma vez que tal é um problema clínico importante que surgiu em 1980 e continua a ser associado a surtos de infeções hospitalares em todo o mundo.
"Identificamos que estes genes estavam presentes no permafrost, em profundidades de acordo com a idade dos DNAs de outros animais, tais como o mamute. Brian Golding do Departamento de Biologia de McMaster mostrou que estes não eram contemporâneos, mas faziam parte da mesma árvore genealógica. Então, nós criámos o produto do gene em laboratório, e a proteína resultante purificada mostrou que tinha a mesma atividade e estrutura, que a proteína atual. "
Esta é apenas a segunda vez que uma proteína antiga foi "ressuscitada" em laboratório. Wright disse que a descoberta terá impacto importante na compreensão da resistência aos antibióticos: "Os antibióticos são parte da ecologia natural do planeta por isso, quando pensamos que desenvolvemos alguma droga que não será suscetível à resistência ou alguma coisa nova para usar na medicina, estamos completamente enganados. Essas coisas fazem parte do nosso mundo natural e, portanto, precisamos ser extremamente cuidadosos na maneira de usá-los. É provável que os microorganismos tenham descoberto uma maneira de como contorná-los bem antes mesmo de nós descobrirmos como usá-los. "
Poinar diz que esta descoberta tem aberto portas para investigação sobre a resistência aos antibióticos antigos. "Podemos voltar um milhão de anos atrás no permafrost, que é a nossa próxima meta."
Depois de anos de estudo do DNA de bactérias extraídos do solo congelado permafrost dos Territórios Yukon, com 30 mil anos de idade, os pesquisadores foram capazes de desenvolver métodos para isolar corretamente o DNA antigo. Usando técnicas de biologia molecular, os métodos foram desenvolvidos para permitir a análise de pequenas porções do DNA antigo.
Os investigadores encontraram genes associados à resistência a antibióticos, além de genes relacionados com a vida antiga, tais como de mamutes, de cavalos, bisontes e plantas encontradas somente naquela localidade durante o último período interglacial no Pleistoceno, há pelo menos 30.000 anos atrás. Os investigadores concentraram-se numa área específica da resistência aos antibióticos, nomeadamente à vancomicina, uma vez que tal é um problema clínico importante que surgiu em 1980 e continua a ser associado a surtos de infeções hospitalares em todo o mundo.
"Identificamos que estes genes estavam presentes no permafrost, em profundidades de acordo com a idade dos DNAs de outros animais, tais como o mamute. Brian Golding do Departamento de Biologia de McMaster mostrou que estes não eram contemporâneos, mas faziam parte da mesma árvore genealógica. Então, nós criámos o produto do gene em laboratório, e a proteína resultante purificada mostrou que tinha a mesma atividade e estrutura, que a proteína atual. "
Esta é apenas a segunda vez que uma proteína antiga foi "ressuscitada" em laboratório. Wright disse que a descoberta terá impacto importante na compreensão da resistência aos antibióticos: "Os antibióticos são parte da ecologia natural do planeta por isso, quando pensamos que desenvolvemos alguma droga que não será suscetível à resistência ou alguma coisa nova para usar na medicina, estamos completamente enganados. Essas coisas fazem parte do nosso mundo natural e, portanto, precisamos ser extremamente cuidadosos na maneira de usá-los. É provável que os microorganismos tenham descoberto uma maneira de como contorná-los bem antes mesmo de nós descobrirmos como usá-los. "
Poinar diz que esta descoberta tem aberto portas para investigação sobre a resistência aos antibióticos antigos. "Podemos voltar um milhão de anos atrás no permafrost, que é a nossa próxima meta."
Fonte: E! Science News
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