Uma vacina que previne o cancro cervical também deve ser administrada a rapazes na pré-adolescência, segundo recomendação de um painel federal. A recomendação tem em consideração uma série de estudos que mostram que rapazes e homens beneficiariam com a imunização, que protege contra vários tipos de cancro causado pelo papilomavírus humano, ou HPV.
Ao recomendar a vacina para rapazes a partir de 11 ou 12 anos de idade, o Comité Consultivo em Práticas de Imunização - cujas recomendações servem como referência para os médicos – coloca os rapazes quase nas mesmas condições que as meninas, que já são aconselhadas a tomar a vacina. O HPV pode causar verrugas genitais e cancro de vagina, pénis, vulva, garganta e ânus.
De forma a defender um papel mais amplo para a vacina, os cientistas afirmaram na revista New England Journal of Medicine que no caso de homens que têm sexo com homens a vacina limita a formação de lesões pré-cancerosas anais, uma espécie de crescimento de células que pode levar ao cancro anal neste grupo de alto risco.
O HPV raramente causa sintomas, mas é a infecção sexualmente transmissível mais comum nos Estados Unidos, com mais de 6 milhões de novas infecções a cada ano. Algumas das evidências mais fortes que suportam as orientações de expansão da vacina para homens advém de estudos de cancro da garganta e amígdalas. Cerca de 80 por cento desses cancros são devidos a uma infecção por HPV, diz Robert Haddad, oncologista do Dana-Farber Cancer Institute em Boston.
"Eu espero ver uma maior utilização desta vacina agora", diz Haddad. O cancro da garganta ligado a infecções por HPV contraídas por sexo oral "atingiram níveis epidémicos e a incidência está a aumentar", diz ele.
Embora menos comum, o cancro anal também está a aumentar a uma taxa de 2 por cento ao ano, de acordo com a Food and Drug Administration.
No novo estudo, os pesquisadores testaram a vacina anti-HPV Gardasil em 602 homens saudáveis (16-26 anos) que têm sexo com homens, de sete países diferentes. Gardasil desencadeia uma resposta imunitária contra dois tipos de HPV causadores de cancro – tipos 16 e 18 – e protege contra outros dois tipos que causam verrugas genitais.
Os cientistas designaram aleatoriamente os voluntários para receberem o tratamento standard de três doses de Gardasil ou placebo. Durante os três anos seguintes, o check-up para lesões pré-cancerosas anais causadas pelos tipos de HPV cobertos pela vacina revelou que cerca de metade dos homens vacinados, assim como nos que receberam placebos apresentaram tais lesões.
Alguns dos voluntários tiveram uma infecção por HPV antes de entrar no estudo. Quando esses voluntários foram excluídos da análise, dos homens restantes que receberam a vacina apenas cerca de um quarto apresentava lesões causadas por HPV dos tipos cobertos pela vacina.
A vacina não parece funcionar contra um tipo de HPV que já tenha infectado um indivíduo, diz o co-autor do estudo Joel Palefsky, um médico de doenças infecciosas da Universidade da Califórnia, em San Francisco. Assim, as conclusões extraídas dos homens não expostos no novo estudo fornecem "o tipo de dados que se iria obter se as pessoas fossem vacinadas aos 11-12 anos", diz ele. Quando ficou claro que a vacina foi benéfica, o estudo foi interrompido e a vacina foi oferecida aos voluntários.
Os HPV 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70 por cento dos cancros do colo do útero e 90 por cento dos casos de cancro anal. O HPV 16 é responsável pela maioria dos câncros de garganta. Expandindo a recomendação da vacina para os rapazes "é um grande passo em frente na saúde pública", diz Palefsky.
Ao recomendar a vacina para rapazes a partir de 11 ou 12 anos de idade, o Comité Consultivo em Práticas de Imunização - cujas recomendações servem como referência para os médicos – coloca os rapazes quase nas mesmas condições que as meninas, que já são aconselhadas a tomar a vacina. O HPV pode causar verrugas genitais e cancro de vagina, pénis, vulva, garganta e ânus.
De forma a defender um papel mais amplo para a vacina, os cientistas afirmaram na revista New England Journal of Medicine que no caso de homens que têm sexo com homens a vacina limita a formação de lesões pré-cancerosas anais, uma espécie de crescimento de células que pode levar ao cancro anal neste grupo de alto risco.
O HPV raramente causa sintomas, mas é a infecção sexualmente transmissível mais comum nos Estados Unidos, com mais de 6 milhões de novas infecções a cada ano. Algumas das evidências mais fortes que suportam as orientações de expansão da vacina para homens advém de estudos de cancro da garganta e amígdalas. Cerca de 80 por cento desses cancros são devidos a uma infecção por HPV, diz Robert Haddad, oncologista do Dana-Farber Cancer Institute em Boston.
"Eu espero ver uma maior utilização desta vacina agora", diz Haddad. O cancro da garganta ligado a infecções por HPV contraídas por sexo oral "atingiram níveis epidémicos e a incidência está a aumentar", diz ele.
Embora menos comum, o cancro anal também está a aumentar a uma taxa de 2 por cento ao ano, de acordo com a Food and Drug Administration.
No novo estudo, os pesquisadores testaram a vacina anti-HPV Gardasil em 602 homens saudáveis (16-26 anos) que têm sexo com homens, de sete países diferentes. Gardasil desencadeia uma resposta imunitária contra dois tipos de HPV causadores de cancro – tipos 16 e 18 – e protege contra outros dois tipos que causam verrugas genitais.
Os cientistas designaram aleatoriamente os voluntários para receberem o tratamento standard de três doses de Gardasil ou placebo. Durante os três anos seguintes, o check-up para lesões pré-cancerosas anais causadas pelos tipos de HPV cobertos pela vacina revelou que cerca de metade dos homens vacinados, assim como nos que receberam placebos apresentaram tais lesões.
Alguns dos voluntários tiveram uma infecção por HPV antes de entrar no estudo. Quando esses voluntários foram excluídos da análise, dos homens restantes que receberam a vacina apenas cerca de um quarto apresentava lesões causadas por HPV dos tipos cobertos pela vacina.
A vacina não parece funcionar contra um tipo de HPV que já tenha infectado um indivíduo, diz o co-autor do estudo Joel Palefsky, um médico de doenças infecciosas da Universidade da Califórnia, em San Francisco. Assim, as conclusões extraídas dos homens não expostos no novo estudo fornecem "o tipo de dados que se iria obter se as pessoas fossem vacinadas aos 11-12 anos", diz ele. Quando ficou claro que a vacina foi benéfica, o estudo foi interrompido e a vacina foi oferecida aos voluntários.
Os HPV 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70 por cento dos cancros do colo do útero e 90 por cento dos casos de cancro anal. O HPV 16 é responsável pela maioria dos câncros de garganta. Expandindo a recomendação da vacina para os rapazes "é um grande passo em frente na saúde pública", diz Palefsky.
Fonte: Science News
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