Há fortes indícios de que uma parte da superfície de Marte já esteve coberta por um oceano, mostram dados recolhidos pela nave Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana.
Através de um radar, o MARSIS, a nave detetou restos de sedimentos de fundo oceânico, dentro dos limites de uma zona costeira que já tinha sido identificada.
"A interpretação que fazemos é de que se trata de depósitos sedimentários, talvez ricos em gelo", afirma Jérémie Mouginot, do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble (IPAG), em França, e da Universidade da Califórnia, acrescentando que "isto é uma nova e forte evidência de que naquela região já existiu um oceano".
Já havia suspeitas de que teriam existido oceanos em Marte e já foram identificadas reminiscências de uma costa, em imagens captadas por várias sondas espaciais.
Cientistas sugerem dois oceanos
Os cientistas sugerem dois oceanos: um há 4 mil milhões de anos, quando o clima era mais quente, e outro há 3 mil milhões de anos, quando o gelo por baixo da superfície derreteu depois de um forte impacto, que criou canais de escoamento que conduziram a água para áreas mais baixas.
"O MARSIS penetra bem fundo no solo, revelando os primeiros 60-80 metros da sub-superfície do planeta," explica Wlodek Kofman, líder da equipa do radar no IPAG.
Nesta profundidade, há evidência de sedimentos e de gelo. Os sedimentos são de materiais granulosos de baixa densidade, sujeitos à erosão da água.
Água congelou novamente
Este oceano desaparecido agora revelado pela Mars Express terá sido, no entanto, temporário. Num espaço temporal de um milhão de anos ou menos, estima Mouginot, a água terá congelado novamente, sendo preservada debaixo do solo, ou ter-se-á transformado em vapor de água, subindo lentamente até à atmosfera.
"Não acredito que o oceano tenha existido tempo suficiente para a formação de vida", afirma o cientista. Para encontrar indícios de vida, os astrobiólogos terão de investigar um período ainda mais antigo na história de Marte, quando a água líquida permaneceu por períodos mais longos no planeta.
Olivier Witasse, responsável do projeto da ESA para a Mars Express, recorda que "os resultados anteriores da nave sobre a água em Marte vieram do estudo de imagens e dados mineralógicos, bem como de medições atmosféricas, e agora temos a visão do radar de sub-superfície. Mas a questão permanece: para onde foi toda a água?"
Através de um radar, o MARSIS, a nave detetou restos de sedimentos de fundo oceânico, dentro dos limites de uma zona costeira que já tinha sido identificada.
"A interpretação que fazemos é de que se trata de depósitos sedimentários, talvez ricos em gelo", afirma Jérémie Mouginot, do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble (IPAG), em França, e da Universidade da Califórnia, acrescentando que "isto é uma nova e forte evidência de que naquela região já existiu um oceano".
Já havia suspeitas de que teriam existido oceanos em Marte e já foram identificadas reminiscências de uma costa, em imagens captadas por várias sondas espaciais.
Cientistas sugerem dois oceanos
Os cientistas sugerem dois oceanos: um há 4 mil milhões de anos, quando o clima era mais quente, e outro há 3 mil milhões de anos, quando o gelo por baixo da superfície derreteu depois de um forte impacto, que criou canais de escoamento que conduziram a água para áreas mais baixas.
"O MARSIS penetra bem fundo no solo, revelando os primeiros 60-80 metros da sub-superfície do planeta," explica Wlodek Kofman, líder da equipa do radar no IPAG.
Nesta profundidade, há evidência de sedimentos e de gelo. Os sedimentos são de materiais granulosos de baixa densidade, sujeitos à erosão da água.
Água congelou novamente
Este oceano desaparecido agora revelado pela Mars Express terá sido, no entanto, temporário. Num espaço temporal de um milhão de anos ou menos, estima Mouginot, a água terá congelado novamente, sendo preservada debaixo do solo, ou ter-se-á transformado em vapor de água, subindo lentamente até à atmosfera.
"Não acredito que o oceano tenha existido tempo suficiente para a formação de vida", afirma o cientista. Para encontrar indícios de vida, os astrobiólogos terão de investigar um período ainda mais antigo na história de Marte, quando a água líquida permaneceu por períodos mais longos no planeta.
Olivier Witasse, responsável do projeto da ESA para a Mars Express, recorda que "os resultados anteriores da nave sobre a água em Marte vieram do estudo de imagens e dados mineralógicos, bem como de medições atmosféricas, e agora temos a visão do radar de sub-superfície. Mas a questão permanece: para onde foi toda a água?"
Fonte: Expresso
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