quinta-feira, 12 de abril de 2012

Simpatia pode estar nos genes

Investigadores identificaram uma forte relação entre atitudes sociais e receptores das células.
Uma equipa de investigadores realizou uma experiência cujos resultados sugerem exitir uma ligação entre a simpatia das pessoas e a sua genética. Os cientistas têm o cuidado de avisar que não descobriram "um gene da simpatia", mas que o ADN ajuda a explicar os comportamentos ligados à generosidade, a preocupação pelos outros e a participação cívica.
A investigação teve como ponto de partida o conhecimento de que há hormonas (como a oxitocina ou vasopressina) a funcionar nestes comportamentos sociais e que estas moléculas funcionam ligando-se às células através de receptores, que têm várias formas, ditadas pela genética do indivíduo. Por exemplo, a exposição a oxitocina, presente nos comportamentos maternais, aumenta a sociabilidade.
Os cientistas recolheram a saliva de 711 voluntários e analisaram a forma dos receptores de oxitocina e vasopressina, associando esta informação a um questionário sobre se as pessoas consideravam o mundo ameaçador, mas também à sua participação comunitária e grau de envolvimento cívico.
A conclusão foi de que as pessoas que consideravam o mundo ameaçador eram menos solidárias, excepto se tivessem versões dos receptores que se sabe estarem associados à simpatia. Ou seja, certas versões dos receptores ajudavam a vencer a percepção do mundo ameaçador, levando as pessoas a ajudar mais os outros.
Chefiada por Michel Poulin, a equipa reuniu cientistas das universidades de Buffalo e da Califórnia, Irvine, nos EUA. O trabalho, "Neurogenética da Simpatia" foi publicado na revista especializada Psychological Science.

Fonte: Diário de Notícias

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