Um pedaço de um papiro escrito no século IV em copta (a língua dos antigos cristãos egípcios) inclui as palavras "Jesus disse-lhes, a minha mulher". A descoberta deverá relançar o debate sobre se Jesus era ou não casado.
A existência do fragmento - não muito maior do que um cartão de visita - foi divulgada numa conferência em Roma por Karen King, professora na Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts. A professora baptizou o documento como "o evangelho da mulher de Jesus".
"A tradição cristã há muito defende que Jesus não era casado, apesar de existirem provas históricas fidedignas que apoiam essa teoria", disse King, num comunicado revelado pela universidade. "Este novo evangelho não prova que Jesus era casado, mas diz-nos que o tema só surgiu como parte de um intenso debate sobre sexualidade e casamento", acrescenta.
"Desde o início, os cristãos discordavam sobre se era melhor não casar, mas só um século após a morte de Jesus começaram a recorrer ao estatuto marital de Jesus para defender as suas posições", indicou. Só a partir de 200 d.C. é que começaram a surgir indicações, através de um teólogo conhecido como Clement de Alexandria, de que Jesus não era casado. "Este fragmento sugere que outros cristãos do mesmo período defendiam que era casado", concluiu.
Apesar da insistência da Igreja Católica de que Jesus não era casado, a ideia reaparece com alguma frequência. A última vez, com a publicação em 2003 de "O Código Da Vinci", o best-seller escrito por Dan Brown, que irritou muitos cristãos por se basear na ideia de que Jesus era casado com Maria Madalena e tinha filhos.
Os peritos acreditam que o novo evangelho é autêntico, sendo contudo necessário realizar mais testes. O fragmento, propriedade de um colecionador privado que pediu a King ajuda na tradução e análise, terá sido descoberto no Egito ou talvez na Síria.
Fonte: Diário de Notícias
A existência do fragmento - não muito maior do que um cartão de visita - foi divulgada numa conferência em Roma por Karen King, professora na Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts. A professora baptizou o documento como "o evangelho da mulher de Jesus".
"A tradição cristã há muito defende que Jesus não era casado, apesar de existirem provas históricas fidedignas que apoiam essa teoria", disse King, num comunicado revelado pela universidade. "Este novo evangelho não prova que Jesus era casado, mas diz-nos que o tema só surgiu como parte de um intenso debate sobre sexualidade e casamento", acrescenta.
"Desde o início, os cristãos discordavam sobre se era melhor não casar, mas só um século após a morte de Jesus começaram a recorrer ao estatuto marital de Jesus para defender as suas posições", indicou. Só a partir de 200 d.C. é que começaram a surgir indicações, através de um teólogo conhecido como Clement de Alexandria, de que Jesus não era casado. "Este fragmento sugere que outros cristãos do mesmo período defendiam que era casado", concluiu.
Apesar da insistência da Igreja Católica de que Jesus não era casado, a ideia reaparece com alguma frequência. A última vez, com a publicação em 2003 de "O Código Da Vinci", o best-seller escrito por Dan Brown, que irritou muitos cristãos por se basear na ideia de que Jesus era casado com Maria Madalena e tinha filhos.
Os peritos acreditam que o novo evangelho é autêntico, sendo contudo necessário realizar mais testes. O fragmento, propriedade de um colecionador privado que pediu a King ajuda na tradução e análise, terá sido descoberto no Egito ou talvez na Síria.
Fonte: Diário de Notícias
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