É um caso de omoplatas. Num dado momento, os antepassados do homem deixaram de vez as árvores e caminharam. Os antropólogos sabem que os membros e os ossos destes hominíneos acompanharam esta transição. Agora, um estudo, publicado nesta sexta-feira na edição em papel da revista Science, analisou as omoplatas de um fóssil de Australopithecus afarensis juvenil e mostra que a espécie da famosa Lucy, conhecida pelo seu caminhar já erecto, também se sentia confortável a trepar às árvores.
Estamos habituados a ver bonecos da Lucy de pé. O fóssil encontrado em 1974 foi um marco na paleoantropologia por ser o hominíneo mais antigo descoberto até então.
Lucy viveu há 3,2 milhões de anos no Leste africano. Pensa-se que morreu adulta. Era capaz de caminhar com um à-vontade que hoje só nós temos. A forma dos ossos das pernas de Lucy e pegadas fossilizadas com 3,6 milhões de anos, que poderão pertencer também ao Australopithecus afarensis, dão indicações de que esta espécie seria bípede.
Mas o fóssil de uma australopiteca só com três anos, estudado por David Green, da Universidade de Midwestern, EUA, obriga a mudar a forma de pensar a locomoção do Australopithecus afarensis.
Selam, nome que lhe deram, foi encontrada na Etiópia, em 2000, e tem 3,3 milhões de anos. É o esqueleto mais completo de sempre de um de Australopithecus afarensis. E, pela primeira vez, os cientistas conseguiram estudar uma omoplata completa de um indivíduo desta espécie.
Green e um colega analisaram o desenvolvimento da forma da omoplata entre este juvenil e da omoplata que se pensa que os adultos desta espécie tinham. Compararam este desenvolvimento com o que acontece nos chimpanzés, gorilas e na nossa espécie, concluindo que era mais parecido com os símios. “Apesar de ser bípede como os humanos, o Australopithecus afarensis ainda era um bom trepador de árvores”, diz Green, acrescentando que mesmo “não sendo completamente humano, estava a caminho disso”.
Fonte: Público
Estamos habituados a ver bonecos da Lucy de pé. O fóssil encontrado em 1974 foi um marco na paleoantropologia por ser o hominíneo mais antigo descoberto até então.
Lucy viveu há 3,2 milhões de anos no Leste africano. Pensa-se que morreu adulta. Era capaz de caminhar com um à-vontade que hoje só nós temos. A forma dos ossos das pernas de Lucy e pegadas fossilizadas com 3,6 milhões de anos, que poderão pertencer também ao Australopithecus afarensis, dão indicações de que esta espécie seria bípede.
Mas o fóssil de uma australopiteca só com três anos, estudado por David Green, da Universidade de Midwestern, EUA, obriga a mudar a forma de pensar a locomoção do Australopithecus afarensis.
Selam, nome que lhe deram, foi encontrada na Etiópia, em 2000, e tem 3,3 milhões de anos. É o esqueleto mais completo de sempre de um de Australopithecus afarensis. E, pela primeira vez, os cientistas conseguiram estudar uma omoplata completa de um indivíduo desta espécie.
Green e um colega analisaram o desenvolvimento da forma da omoplata entre este juvenil e da omoplata que se pensa que os adultos desta espécie tinham. Compararam este desenvolvimento com o que acontece nos chimpanzés, gorilas e na nossa espécie, concluindo que era mais parecido com os símios. “Apesar de ser bípede como os humanos, o Australopithecus afarensis ainda era um bom trepador de árvores”, diz Green, acrescentando que mesmo “não sendo completamente humano, estava a caminho disso”.
Fonte: Público
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