Cerca de 50 novas espécies de animais, plantas e outros seres vivos são descobertas, em média, todos os dias. E a maioria são insectos e aracnídeos, segundo um relatório de uma instituição científica norte-americana.
Em dez anos (2000-2009), foram descritas 176.311 espécies novas para a ciência, segundo uma contabilidade feita pelo Instituto Internacional para a Exploração de Espécies, da Universidade do Arizona. Metade (88.598) era de insectos. A seguir vêm as plantas (13% ou 23.604 espécies) e aracnídeos (7% ou 12.751 espécies), como aranhas e escorpiões. Na contagem mais recente, que inclui as descobertas até 2009, há 1,9 milhões de espécies já descritas pela ciência. Mas o número real da biodiversidade do planeta é muito maior. “Uma estimativa razoável é a de que dez milhões de espécies de plantas e animais aguardam ser descobertas”, calcula o relatório SOS-State of Observed Species. No campo dos micróbios, a cifra sobe possivelmente para “dezenas de milhões”.
Serem “descobertas” não é o mesmo que dizer que as novas espécies nunca tinham sido antes vistas. Muitas serão conhecidas e até utilizadas por populações locais, mas nunca terão sido identificadas e nomeadas como seres de facto diferentes dos que já existem, de acordo com a notação criada no século XVIII pelo botânico e zoólogo sueco Carlos Lineu. Ou então eram sub-espécies que, a dada altura, passaram a ser consideradas espécies distintas.
Segundo Helena Freitas, directora do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, é este o caso de algumas “novas” plantas. Espécies vegetais de facto desconhecidas são encontradas sobretudo em ecossistemas particulares, pouco estudados, como em zonas tropicais ou em montanhas altas.
Ainda assim, em 2009 – data da compilação mais recente das descobertas a nível global – foram identificadas 2184 espécies novas de plantas vasculares. O número é bem menor do que o do líder da lista, os insectos, com 9738 novas espécies nesse ano. “São o grupo mais diverso de animais”, justifica a bióloga Sofia Reboleira, da Universidade de Aveiro, que já descobriu cinco novas espécies de insectos e uma de aracnídeo em Portugal. O trabalho de Sofia Reboleira – realizado em grutas – confirma que é nos habitats menos estudados e mais particulares que há maior probabilidade de se encontrarem novidades.
Mesmo em zonas mais banais, é possível haver surpresas. “Há pouco tempo foram encontradas duas espécies novas de aranhas no Jardim Botânico”, conta Helena Freitas.
Em 2009, os invertebrados representaram 72% das novas descobertas a nível global. No outro extremo, depois das plantas, fungos e micróbios, estão os vertebrados, com apenas 3,3%. Das 639 novas espécies descobertas nesse ano, metade (314) são peixes e cerca de um quarto (148) são anfíbios – quase todos sapos ou rãs. Há ainda 120 novos répteis, como cobras, lagartos, iguanas, camaleões e tartarugas, e apenas 41 mamíferos, na maioria morcegos e roedores. As aves ficam por último, com apenas sete espécies novas em 2009.
O interesse dos cientistas não se fica pelos animais e plantas vivos. Pelo menos 1905 novas espécies fósseis – já extintas há um longo tempo – foram descritas em 2009. As que existem hoje correm o risco de rapidamente se juntar a esse grupo. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, apenas 4% das espécies descritas pela ciência estão ser alvo de alguma monitorização. E, dessas, três em cada dez estão ameaçadas de extinção.
Serem “descobertas” não é o mesmo que dizer que as novas espécies nunca tinham sido antes vistas. Muitas serão conhecidas e até utilizadas por populações locais, mas nunca terão sido identificadas e nomeadas como seres de facto diferentes dos que já existem, de acordo com a notação criada no século XVIII pelo botânico e zoólogo sueco Carlos Lineu. Ou então eram sub-espécies que, a dada altura, passaram a ser consideradas espécies distintas.
Segundo Helena Freitas, directora do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, é este o caso de algumas “novas” plantas. Espécies vegetais de facto desconhecidas são encontradas sobretudo em ecossistemas particulares, pouco estudados, como em zonas tropicais ou em montanhas altas.
Ainda assim, em 2009 – data da compilação mais recente das descobertas a nível global – foram identificadas 2184 espécies novas de plantas vasculares. O número é bem menor do que o do líder da lista, os insectos, com 9738 novas espécies nesse ano. “São o grupo mais diverso de animais”, justifica a bióloga Sofia Reboleira, da Universidade de Aveiro, que já descobriu cinco novas espécies de insectos e uma de aracnídeo em Portugal. O trabalho de Sofia Reboleira – realizado em grutas – confirma que é nos habitats menos estudados e mais particulares que há maior probabilidade de se encontrarem novidades.
Mesmo em zonas mais banais, é possível haver surpresas. “Há pouco tempo foram encontradas duas espécies novas de aranhas no Jardim Botânico”, conta Helena Freitas.
Em 2009, os invertebrados representaram 72% das novas descobertas a nível global. No outro extremo, depois das plantas, fungos e micróbios, estão os vertebrados, com apenas 3,3%. Das 639 novas espécies descobertas nesse ano, metade (314) são peixes e cerca de um quarto (148) são anfíbios – quase todos sapos ou rãs. Há ainda 120 novos répteis, como cobras, lagartos, iguanas, camaleões e tartarugas, e apenas 41 mamíferos, na maioria morcegos e roedores. As aves ficam por último, com apenas sete espécies novas em 2009.
O interesse dos cientistas não se fica pelos animais e plantas vivos. Pelo menos 1905 novas espécies fósseis – já extintas há um longo tempo – foram descritas em 2009. As que existem hoje correm o risco de rapidamente se juntar a esse grupo. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, apenas 4% das espécies descritas pela ciência estão ser alvo de alguma monitorização. E, dessas, três em cada dez estão ameaçadas de extinção.
Fonte: Público
Boas trades, tenho em casa um exmplar vivo de uma aranha que apanhei em casa e vejo pela 3ª vez, as anteriores não se deixaram apanhar, mas desta vez, tive sucesso, como não sei de que espécie se trata, gostaria de saber que entidades contactar ou algum fórum onde possa procurar ajuda, no sentido de saber se se trata de algum exemplar agressivo ou não, uma vez que tenho um filho com 14 meses e que adora andar a brincar no quntal e páteo da casa.
ResponderEliminarOlá Filipe,
Eliminarinfelizmente não te vou conseguir ajudar... :(
Obrigado pela visita!