Um grupo de investigadores de instituições da Eslovénia, Holanda e China colheu amostras de vedações de borracha dentro de 189 lava-louças em 18 países e descobriu que 62% dos aparelhos continham fungos. O relatório será publicado na revista Fungal Biology.
Os autores do estudo observaram que não foi constatada nenhuma infecção causada por lava-louças nos lares estudados, mas os fungos não são inteiramente benignos. Os do género Exophiala, encontrados em 35% dos lava-louças testados, podem formar colónias nas vias aéreas de pacientes com fibrose cística. Outros fungos foram encontrados, menos predominantes mas capazes de causar infecções em indivíduos com enfraquecimentos no sistema imunológico. “Deve-se dar atenção especial a esse habitat sobretudo em alas de hospitais com pacientes imunocomprometidos”, explicam os pesquisadores.
O lava-louça é um bom lugar para os fungos se instalarem: húmido e quente – e tem matéria orgânica abundante para alimentá-los, na forma de restos de comida. Mas esses microrganismos precisam ter muita resistência para aguentar os picos ocasionais de calor extremo, assim como a alcalinidade e o conteúdo de sal dos detergentes. Em testes de laboratório, os investigadores descobriram que o Exophiala dermatitidis e o Exophiala phaeomuriformis toleram uma ampla gama de temperaturas, níveis de pH e concentrações de sal. Ou seja, têm um grau da chamada poliextremotolerância nunca antes detectado em fungos. Nesse sentido, os fungos de lava-louça são algo como “extremófilos domésticos”, formas de vida que ocupam nichos aparentemente inóspitos ao redor do globo, de cáusticos respiradouros hidrotermais nas profundezas dos oceanos a desertos frígidos. Os extremófilos são um tema constante de estudos: demonstram o quanto a vida é adaptável e oferecem esperança de que outros planetas, mesmo diferentes da Terra, sejam habitáveis.
A predominância de fungos em lava-louças varia amplamente de lugar para lugar, e o fornecimento de água pareceu desempenhar um papel relevante no que concerne à formação de colónias. Os fungos Exophiala, por exemplo, foram encontrados, na maioria dos casos, em lugares com água dura ou de dureza média – ou seja, água com altos índices de minerais dissolvidos, como cálcio e magnésio.
O lava-louça é um bom lugar para os fungos se instalarem: húmido e quente – e tem matéria orgânica abundante para alimentá-los, na forma de restos de comida. Mas esses microrganismos precisam ter muita resistência para aguentar os picos ocasionais de calor extremo, assim como a alcalinidade e o conteúdo de sal dos detergentes. Em testes de laboratório, os investigadores descobriram que o Exophiala dermatitidis e o Exophiala phaeomuriformis toleram uma ampla gama de temperaturas, níveis de pH e concentrações de sal. Ou seja, têm um grau da chamada poliextremotolerância nunca antes detectado em fungos. Nesse sentido, os fungos de lava-louça são algo como “extremófilos domésticos”, formas de vida que ocupam nichos aparentemente inóspitos ao redor do globo, de cáusticos respiradouros hidrotermais nas profundezas dos oceanos a desertos frígidos. Os extremófilos são um tema constante de estudos: demonstram o quanto a vida é adaptável e oferecem esperança de que outros planetas, mesmo diferentes da Terra, sejam habitáveis.
A predominância de fungos em lava-louças varia amplamente de lugar para lugar, e o fornecimento de água pareceu desempenhar um papel relevante no que concerne à formação de colónias. Os fungos Exophiala, por exemplo, foram encontrados, na maioria dos casos, em lugares com água dura ou de dureza média – ou seja, água com altos índices de minerais dissolvidos, como cálcio e magnésio.
Nos Estados Unidos, os fungos estavam presentes nos seis aparelhos testados; no Canadá, também em seis, dos sete testados. A Europa mostrou-se menos “hospitaleira”: apenas um dos dez lava-louças italianos estava infectado, e todos os cinco espanhóis não apresentaram a presença dos fungos.
Fonte: Scientific American
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixe aqui o seu comentário.