Foi encontrado um osso com uma imagem gravada de um mamute ou de um mastodonte. O osso foi descoberto em Vero Beach, por James Kennedy, um coleccionador de fósseis, que guardou o osso e, mais tarde, enquanto o limpava, descobriu a imagem gravada.
Reconhecendo a sua potencial importância, J. Kennedy contactou os cientistas da Universidade da Florida, Instituto de Conservação do Museu Smithsonian e do Museu Nacional de História Natural. “Trata-se de uma descoberta incrível”, afirmou Dennis Stanford, antropólogo do Museu Nacional de História Natural Smithsonian e co-autor do estudo. “Existem centenas de representações em cavernas e ossos na Europa, mas na América não – até agora”.
O osso fossilizado é um fragmento de um osso grande de um animal de grande porte, provavelmente de um mamute ou mastodonte.
“Os resultados desta investigação são um excelente exemplo de um trabalho interdisciplinar e de cooperação entre cientistas”, referiu Barbara Purdy, da Universidade da Florida e principal responsável pela investigação. “Existia um cepticismo considerável acerca da autenticidade da incisão no osso, até ele ser exaustivamente analisado por arqueólogos, paleontólogos, antropólogos forenses, engenheiros de materiais e artistas”.
Um dos principais objectivos da equipa de investigação foi a determinação da altura da gravação – era antiga ou tratava-se de uma gravação recente a imitar a arte pré-histórica? O osso foi recolhido perto de um local, Old Vero Site, onde ossos humanos foram encontrados junto de ossos de animais da Idade do Gelo, numa escavação no início do século 20. As equipas de trabalho examinaram a composição elementar do osso e de outros encontrados em Old Vero Site. Também recorreram a microscopia óptica e electrónica, que revelou que não existiam descontinuidades na coloração entre as curvas gravadas e o material circundante. Isto indicou que ambas as superfícies envelheceram em simultâneo, ou, seja, a gravação não era recente.
Considerada genuína, esta peça rara fornece provas de que as populações que viviam na América durante a última Idade do Gelo criavam imagens artísticas dos animais que caçavam. A gravura tem pelo menos 13000 anos, uma vez que esta é a data da última aparição destes animais na América do Norte Oriental.
Fonte: Science Daily
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