É oficial. A internet tornou-se parte de nossa inteligência. Para a maioria de nós, a resposta para qualquer coisa encontra-se a algumas teclas de distância. Recentemente, uma equipa de psicólogos nos EUA forneceu evidências de que as nossas mentes se tornaram dependentes da internet quando queremos encontrar a resposta para uma pergunta. O estudo, efectuado pela equipa da dra. Betsy Sparrow, da Universidade de Columbia foi publicado na revista Science.
Foi também demonstrado que nos lembramos melhor de onde podemos encontrar uma determinada informação do que essa própria informação. A um grupo de estudantes da universidade de Harvard, sem acesso à internet, foram dadas perguntas para responder com um "sim" ou "não". Uma pergunta difícil poderia ser algo do género: "Um olho da avestruz é maior do que o seu cérebro?"
O estudo utilizou um truque muito aplicado por psicólogos, o chamado efeito Stroop. Imediatamente após a colocação das questões, foram mostradas aos alunos palavras escritas a vermelho ou azul e eles tinham que dizer qual a cor da palavra. O tempo de resposta foi medido.
Se a palavra colorida foi recentemente pensada pelaissossoa ou é importante para eles, então ela interfere com o processamento da cor e o tempo de identificação da mesma é ligeiramente mais longo. Os pesquisadores incluíram palavras como "Yahoo" e "Google" no seu teste de Stroop. Observaram que o processamento destas palavras foi mais lento do que outras palavras, como nomes de marcas comerciais, particularmente para os alunos a quem foram dadas questões mais difíceis.
Foi concluído os pensamentos de 'googling' estavam na mente dos alunos, enquanto eles tentavam responder as perguntas. "Quando as pessoas não sabem as respostas às perguntas, pensam automaticamente na internet como o lugar para encontrar as respostas", afirmou a dra. Betsy.
Numa segunda experiência, os participantes receberam uma lista de 40 afirmações e foi-lhes pedido que as escrevessem no computador. A metade foi dito que as informações seriam guardadas, enquanto a outra metade foi dito que seriam eliminadas. Depois de completar a tarefa, todos os participantes foram instruídos a anotar as afirmações que se lembravam. Os pesquisadores descobriram que aqueles participantes a quem foi dito que o que escreveram seria apagado se lembraram de mais do dobro das informações do que o outro grupo.
"Os participantes, aparentemente, não fizeram esforço para se lembrar quando pensaram que mais tarde poderiam olhar para as declarações que tinham lido", afirmam os investigadores. Sparrow acha que a internet está a ser usada como uma forma de "sistema de memória transacional" - uma loja de informação fora de nosso próprio cérebro, a que podemos aceder.
Numa experiência separada, Sparrow mostrou que as pessoas são muito melhores em lembrar qual a pasta do computador onde determinada informação foi armazenada do que a própria informação. "Esta é uma evidência preliminar de que quando as pessoas esperam que as informações permaneçam disponíveis, como acontece com a internet, estamos mais propensos a lembrar-nos onde encontrá-la do que recordar os detalhes de um item," afirmou.
Sparrow vê nesta situação uma analogia com os velhos sistemas de memória transacional mais velhos, tais como livros, arquivos e memórias de outras pessoas. "No outro dia eu perguntei ao meu marido [fã de basebol] qual era a última pessoa a ter 3.000 tacadas no basebol, e agora não me consigo lembrar quem era. Isto porque eu posso sempre pedir-lhe novamente."
Se a palavra colorida foi recentemente pensada pelaissossoa ou é importante para eles, então ela interfere com o processamento da cor e o tempo de identificação da mesma é ligeiramente mais longo. Os pesquisadores incluíram palavras como "Yahoo" e "Google" no seu teste de Stroop. Observaram que o processamento destas palavras foi mais lento do que outras palavras, como nomes de marcas comerciais, particularmente para os alunos a quem foram dadas questões mais difíceis.
Foi concluído os pensamentos de 'googling' estavam na mente dos alunos, enquanto eles tentavam responder as perguntas. "Quando as pessoas não sabem as respostas às perguntas, pensam automaticamente na internet como o lugar para encontrar as respostas", afirmou a dra. Betsy.
Numa segunda experiência, os participantes receberam uma lista de 40 afirmações e foi-lhes pedido que as escrevessem no computador. A metade foi dito que as informações seriam guardadas, enquanto a outra metade foi dito que seriam eliminadas. Depois de completar a tarefa, todos os participantes foram instruídos a anotar as afirmações que se lembravam. Os pesquisadores descobriram que aqueles participantes a quem foi dito que o que escreveram seria apagado se lembraram de mais do dobro das informações do que o outro grupo.
"Os participantes, aparentemente, não fizeram esforço para se lembrar quando pensaram que mais tarde poderiam olhar para as declarações que tinham lido", afirmam os investigadores. Sparrow acha que a internet está a ser usada como uma forma de "sistema de memória transacional" - uma loja de informação fora de nosso próprio cérebro, a que podemos aceder.
Numa experiência separada, Sparrow mostrou que as pessoas são muito melhores em lembrar qual a pasta do computador onde determinada informação foi armazenada do que a própria informação. "Esta é uma evidência preliminar de que quando as pessoas esperam que as informações permaneçam disponíveis, como acontece com a internet, estamos mais propensos a lembrar-nos onde encontrá-la do que recordar os detalhes de um item," afirmou.
Sparrow vê nesta situação uma analogia com os velhos sistemas de memória transacional mais velhos, tais como livros, arquivos e memórias de outras pessoas. "No outro dia eu perguntei ao meu marido [fã de basebol] qual era a última pessoa a ter 3.000 tacadas no basebol, e agora não me consigo lembrar quem era. Isto porque eu posso sempre pedir-lhe novamente."
Fonte: ABC Science
excelente artigo valeu!
ResponderEliminarOlá birapcbira,
ResponderEliminarobrigado pelo comentário.
Volte sempre! :)