quinta-feira, 31 de maio de 2012

Genoma mais antigo de sempre de um vírus extraído de uma múmia coreana do século XVI

Tinha quatro a seis anos de idade, quando morreu no século XVI, e tinham-na descoberto num túmulo na cidade de Yangju, perto de Seul, na Coreia do Sul. Os seus restos mortais, que chegaram até nós mumificados de forma natural, têm sido submetidos a vários estudos — num deles, procurou-se ver como estavam os seus órgãos internos através de pequenos furos, por onde também se extraíram amostras de tecidos. Agora, uma equipa internacional anuncia que as amostras do fígado retiradas revelam que a criança estava infectada com o vírus da hepatite B.
Mas não foi fácil detectar a presença de ADN do vírus, uma vez que se encontrava degradado por ser tão antigo: só depois de isso ter sido conseguido em laboratórios de três países (Coreia do Sul, Reino Unido e Israel) a equipa avançou para a sequenciação do genoma completo deste vírus antigo da hepatite B. Nisto tudo, e na comparação do genoma entretanto obtido com sequências genéticas de vírus que infectaram ocidentais nos últimos 60 anos, a equipa levou três anos.
Resultado: este genoma é o mais antigo alguma vez obtido de um vírus, sublinha a equipa, composta por investigadores de Israel e da Coreia do Sul, entre outros, que publicou as conclusões do trabalho na revista Hepathology, da Associação Americana para o Estudo das Doenças do Fígado.
“Apesar dos grandes progressos na área do ADN, até agora só tinha sido descrito na íntegra um genoma viral antigo, o da gripe espanhola de 1918”, diz o artigo de Gila Kahila Bar-Gal, da Universidade Hebraica de Jerusalém, e colegas.
Este genoma permite contar mais pormenorizadamente a história de um vírus que infecta hoje, segundo a Organização Mundial de Saúde, 400 milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo em África, na China e Coreia do Sul, apesar de existir uma vacina que permite evitar a infecção. Transmitido pelo sangue e outros fluidos corporais, como saliva e esperma, nomeadamente por material não esterilizado como seringas, o vírus da hepatite B está na origem da cirrose e do cancro do fígado, doenças que matam cerca de 700 mil pessoas por ano.
A comparação entre partes do genoma do vírus antigo e dos vírus modernos da hepatite B permitiu calcular o ritmo das suas mutações, ocorridas ao longo dos últimos quatro séculos. Uma vez na posse dessa informação, os cientistas puderam então andar para trás no tempo, para tentar descobrir quando surgiu o antepassado da estirpe do vírus que infectou a criança (a estirpe é a C2).
“Pensa-se que as mudanças genéticas resultaram de mutações espontâneas e, possivelmente, de pressões ambientais ocorridas durante o processo evolutivo do vírus. Tendo em conta a taxa de mutações observadas, a análise do ADN do vírus da múmia sugere que ele teve origem há pelo menos 3000 e talvez até há 100 mil anos”, refere um comunicado da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Migrações de uma doença
A idade da múmia, que mantém os órgãos internos relativamente bem preservados, foi confirmada por datação por carbono 14 quer das suas roupas, quer dos pedaços de fígado. Por isso, a sua idade e, por conseguinte, a do vírus da hepatite B que transportava dão ainda pistas sobre a forma como a doença se disseminou pelo planeta.
Supõe-se que viajou de África para o Sudeste asiático, refere o comunicado. “Pode-se ainda clarificar as vias migratórias da hepatite B no extremo asiático, desde a China e Japão até à Coreia, bem como para outras regiões na Ásia e na Austrália”, explica-se no comunicado.
No artigo científico, os cientistas consideram mesmo que os vestígios do vírus encontrados na múmia constituem um dos primeiros exemplos da sua chegada ao Sudeste da Ásia através de migração humana.
O genoma antigo agora obtido também pode servir como modelo no estudo de como vai evoluir a infecção crónica da hepatite B, explicou ao jornal Haaretz um dos elementos da equipa, Daniel Shouval, também da Universidade Hebraica: “Este resultado vai permitir-nos determinar o ritmo das mutações do vírus no futuro.”

Fonte: Público

terça-feira, 29 de maio de 2012

Agora já se pode ouvir música debaixo de água

Para quem não vive sem o seu som ambiente preferido, agora já não é preciso deixar o mp3 em terra. Mar, rio, piscina, seja onde for, o Dolphin Touch garante que se pode mergulhar sempre a ouvir música.
Este novo equipamento foi pensado ao pormenor para quem não abdica da sua música. Agora que o bom tempo convida a uns mergulhos, eis que se pode estar debaixo de água a ouvir as bandas preferidas.
O Dolphin Touch tem a forma de cilindro para assim facilitar quando se mexe nele. Tem capacidade de 4GB e suporta os ficheiros em mp3 e WMA. A bateria dura oito horas e carrega em duas. Esta inovação está à venda por 102,54 euros no site naical.es.

Fonte: Diário de Notícias

domingo, 27 de maio de 2012

O mais pequeno coração artificial salvou a vida a um bebé de 16 meses

Onze gramas de titânio salvaram a vida de um bebé do sexo masculino, na Itália. O implante do coração artificial no rapaz de 16 meses foi feito há três meses, no hospital Bambino Gesù, em Roma, mas só foi noticiado nesta semana.
O bebé tinha desde nascença, uma doença de coração chamada miocardiopatia. O problema faz com que as fibras musculares se alonguem. Passado um certo tempo, o músculo deixa de ter força para bombear o sangue.
“Isto foi um marco”, diz o cirurgião Antonio Amodeo à agência Reuters. Por enquanto, o dispositivo de titânio é uma solução de transição, enquanto os médicos esperam por um transplante de coração. No futuro, o médico acredita que possa ser utilizado como uma solução definitiva.
A pequena bomba metálica é capaz de bombear 1,5 litros de sangue num minuto. Um coração artificial de um adulto pesa 900 gramas.
O bebé estava no hospital desde o primeiro mês de vida. Nos últimos 13 dias foi mantido vivo antes de se colocar o implante, tinha sofrido uma infecção à volta do primeiro implante que foi colocado para manter as funções cardíacas. “Do ponto de vista de cirúrgico, isto não foi realmente difícil. A única dificuldade que encontrámos foi a criança já ter sido operada várias vezes”, explica o médico.
A nova bomba foi inventada por um médico norte-americano, Robert Jarvik, que tinha testado o dispositivo em animais. O hospital teve de obter uma permissão especial do médico e do ministro da Saúde da Itália para poder utilizar o novo coração artificial.
Além do sucesso médico, a cirurgia também trouxe alegria. “O paciente está ao nosso cuidado desde o primeiro mês de vida. Era uma mascote para nós, era um de nós”, confessa Antonio Amodeo. “Todos os dia, todas as horas, durante mais de um ano esteve connosco. Por isso, quando havia algum problema, não podíamos dar menos do que nosso melhor.”

Fonte: Saúde

sábado, 26 de maio de 2012

Primeiro avião a energia solar aterrou hoje em Madrid

O Solar Impulse, o primeiro avião a energia solar da história capaz de voar durante 24 horas, fez hoje um voo entre o sudoeste da Suíça e Madrid, onde fará uma escala de vários dias antes de partir para o seu destino final - Rabat.Foi o primeiro voo de longa duração deste avião desenhado pelo engenheiro suíço Bertrand Piccard - um investimento de mais de 70 milhões de euros.
O voo realizou-se com cerca de duas horas de atraso devido à neblina. O Solar Impulse tem mais de 60 metros e pesa aproximadamente 1,600 quilos. A aeronave desloca-se com o impulso de quatro motores alimentados por 1200 células fotovoltaicas, montadas sobre as suas asas.
A intenção de Piccard, com este projeto, era demonstrar a eficiência e as potencialidades das energias renováveis e mostrar que não é preciso dos combustiveis fósseis.

Fonte: Diário de Notícias

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Primeiro ciborgue conta a sua história esta quinta-feira à noite na Fundação Champalimaud

Neil Harbisson é o primeiro ciborgue oficial da história, reconhecido como tal por um país – o Reino Unido –, em 2004. Esta quinta-feira à noite, às 21h, Neil Harbisson vai estar na Fundação Champalimaud, em Lisboa, para contar a sua história. A entrada é livre.
Natural da Irlanda do Norte, Neil Harbisson nasceu a ver o mundo apenas a preto e branco. Mas o Reino Unido reconheceu que o olho electrónico que está instalado em Neil Harbisson, que parece um pequeno candeeiro na cabeça, faz parte do seu corpo. Esse dispositivo permite-lhe “ver” as cores através de sons, ele que é um artista e faz do som e da cor o centro do seu trabalho.
Além dele, na conferência Humanos 2.0 – O futuro tal como acontece participam dois cientistas, para falar como a ciência e a tecnologia permite que aos seres humanos superarem-se. Um deles é o português Domingos Henrique, investigador do Programa Champalimaud de Neurociências e especialista em células estaminais, que tantas expectativas têm suscitado por terem capacidade de originar vários tipos de tecidos e poderem vir a ser utilizadas em terapias e medicina regenerativa. O outro é o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, que trabalha em interfaces cérebro-máquina.

Fonte: Público

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Aparelho para usar o computador sem lhe tocar

Um novo acessório para computador que permite controlar tudo o que se passa no ecrã sem tocar em nada está prestes a ser lançado.
O acessório chama-se Leap, é compatível com PC ou Mac e utiliza um sistema de deteção de movimento semelhante ao Kinect, o aparelho da X-Box da Microsoft.
A funcionar tão bem como prometido, o sistema tem potencialidade para substituir os cada vez mais comuns ecrãs tácteis.
O aparelho está disponível para encomenda, prometendo a empresa a entrega para dezembro deste ano ou janeiro do próximo. Tem um preço de 70 dólares (54 euros) mais portes.

Fonte: Diário de Notícias

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Adolescente de 15 anos inventa teste de papel

Um sensor feito de papel que testa urina ou sangue e detecta cancro do pâncreas de forma rápida e sem grandes custos. Não foi uma grande farmacêutica que o desenvolveu. Foi um adolescente de quinze anos de Maryland, nos Estados Unidos. O sensor é 100 vezes mais sensível e 28 vezes mais rápido que os testes existentes no mercado.
A incrível descoberta de Jack Andraka foi hoje reconhecida com o grande prémio da feira de ciência e engenharia Intel ISEF, que decorreu em Pittsburgh. Andraka não só venceu a categoria de Medicina e Ciências da Saúde como foi o melhor de toda a competição, recebendo 75 mil dólares - um prémio que o deixou literalmente em histeria.

Fonte: Diário de Notícias

sábado, 19 de maio de 2012

Problema no motor impede lançamento do primeiro foguetão privado

Ao último minuto, um problema no motor impediu hoje a viagem do Falcão 9, o primeiro foguetão privado, até à Estação Espacial Internacional. A empresa californiana SpaceX vai tentar um novo lançamento nos próximos dias.
A pressão no interior de um dos motores do Falcão 9 “excedeu ligeiramente um limite técnico”, disse o fundador e responsável pela SpaceX, Elon Musk, no Twitter. “Vamos agora reajustar esse limite para fazer uma nova tentativa de lançamento nos próximos dias”, acrescentou.
O lançamento esteve marcado para as 9h55 (hora de Lisboa), a partir de Cabo Canaveral, na Florida. Agora, a próxima janela de oportunidade é de 22 a 29 de Maio; se o problema não for resolvido até lá, será preciso esperar até meados de Junho para voltar a tentar pôr em órbita o primeiro foguetão privado. Esta é a quarta vez que este lançamento é adiado.
A cápsula Dragon, estrutura com seis toneladas de peso, deverá ser levada pelo foguetão até à Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês), onde ficará acoplada durante cerca de duas semanas. A sua missão consiste em transportar até à ISS alimentos, material de laboratório, computadores, cabos e baterias e trazer para a Terra resíduos e equipamentos velhos.
Depois, a Dragon vai separar-se da ISS e iniciar a sua viagem de volta, onde será recuperada no oceano Pacífico.
Este seria o primeiro voo de um foguetão privado para a ISS, marcando o início de uma nova era no transporte espacial. Com a "reforma" dos vaivéns da NASA (agência espacial norte-americana) em Julho de 2011, esta agência está a apostar no sector privado para o transporte de carga para a ISS. Em quatro anos, a SpaceX deverá realizar 12 missões.

Fonte: Público

sexta-feira, 18 de maio de 2012

À procura dos neutrinos e da matéria escura no fundo de uma mina

A descida faz-se no elevador para 50 pessoas, ao lado de mineiros e vestidos tal qual como eles, com os fatos-macaco e os capacetes com as luzes à frente. Lá em baixo, a dois quilómetros de profundidade, os caminhos separam-se: enquanto os mineiros ainda vão descer mais, para extraírem níquel na mina, eles, os cientistas, incluindo portugueses, têm de caminhar 20 minutos, entre lama e água, até chegarem aos laboratórios onde vão à caça dos neutrinos e da matéria escura.
Este é o laboratório científico mais profundo do mundo – Snolab é o seu nome – e fica no Canadá, na mina de Creighton, perto de Sudbury e a 400 quilómetros a noroeste de Toronto, na província do Ontário. Foi inaugurado esta quinta-feira. Na cerimónia estiveram dois físicos portugueses, Gaspar Barreira, presidente do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), e José Maneira, da mesma instituição e responsável pela participação portuguesa numa das experiências científicas no fundo da mina.
“Quando chegamos ao laboratório, a primeira coisa que temos de fazer é despir a roupa, tomar banho e vestir roupa limpa. E todos os materiais que levamos são envolvidos em plástico, para não transportarem pó da mina para o laboratório”, descreve a física Sofia Andringa, do LIP, que também participa nessa experiência.
As condições do laboratório têm de ser bastante limpas para que as experiências não fiquem contaminadas pela radioactividade natural das paredes da mina. Nas salas “limpas”, depois dos chuveiros e do refeitório, encontram-se vários detectores. Alguns deles vão procurar a matéria escura, que é a matéria que se sabe existir devido aos seus efeitos gravitacionais nas galáxias e que constitui grande parte do Universo, mas não emite luz. Nem se sabe se é feita por uma partícula que chegue até nós, para, é claro, poder ser descoberta.
Noutros detectores vão apanhar-se os neutrinos, partículas quase sem massa e que pouco interagem com a matéria – incluindo o nosso corpo, que atravessam aos milhares de milhões por segundo –, o que torna a sua detecção particularmente difícil.
Mas, ao contrário da matéria escura, os neutrinos já se detectaram. Mais: no laboratório que antecedeu o Snolab, na mesma mina, só que mais pequeno – o Observatório de Neutrinos de Sudbury (SNO, na sigla inglesa) –, desvendou-se o caso dos neutrinos desaparecidos, numa série de resultados publicados entre 2001 e 2006.
O caso era o seguinte: as teorias diziam que o Sol produzia um tipo de neutrinos solares, os neutrinos do electrão, em quantidades copiosas. O problema é que deveriam chegar à Terra mais destas partículas do que as que eram detectadas. Algo estava errado ou com as teorias sobre o Sol ou com o que se sabia sobre os neutrinos. O mistério ficou resolvido quando as observações no SNO permitiram perceber que os neutrinos do electrão emitidos pelo Sol se transformam nos outros dois tipos de neutrinos (do muão e do tau, de detecção ainda mais difícil) no caminho para a Terra. Portugal, refere um comunicado de imprensa do LIP, também participou nessa experiência.

Esfera de 18 metros de diâmetro
O SNO foi desactivado em 2007, mas o seu sucesso levou um grupo de cinco universidades do Canadá a querer aprofundar os mistérios dos neutrinos, nomeadamente determinar de forma mais rigorosa a sua pequena massa, compreender melhor os mecanismos de produção de energia do Sol e saber mais sobre os neutrinos produzidos por estrelas que morrem (as supernovas). Ou ainda obter mais informação sobre a estrutura interna do nosso planeta, mediante os neutrinos que resultam das desintegrações radioactivas de átomos no interior da Terra.
Assim nasceu o Snolab, que agora expandiu as instalações iniciais para os 5000 metros quadrados e juntou aos seus objectivos a revelação do mistério da matéria escura do Universo. Além do Canadá e de Portugal, através do LIP, no Snolab participam instituições norte-americanas, britânicas e alemãs.
Um dos detectores de neutrinos é uma esfera de 18 metros de diâmetro, que foi reaproveitada do laboratório inicial na mina, e é nesta experiência que participa o LIP. Com dez mil detectores de luz à volta, a esfera ficará submersa, o que ajudará a isolá-la da radioactividade natural da mina, para que não interfira com os resultados da experiência.
No interior da esfera, há uma segunda esfera em acrílico transparente – com um líquido cintilador lá dentro, que cria muita luz quando um neutrino interage com ele, explica Sofia Andringa. E os dez detectores de luz captarão os sinais desse neutrino. O LIP contribui para esta experiência com o desenvolvimento de um sistema de calibração dos dez mil detectores, que têm de estar todos sincronizados. Por enquanto, não havendo ainda resultados para analisar e interpretar, os físicos portugueses têm também estado a fazer simulações sobre a sensibilidade do detector.
Mas porquê procurar a resolução de mistérios da física no fundo de uma mina? Porque aqui pode-se ter um laboratório suficientemente isolado, que não apanha com a cascata de partículas criada na atmosfera pelos raios cósmicos que vêm de outras estrelas, o que torna ainda mais difícil caçar os neutrinos.

Fonte: Público

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Três cafés por dia diminuem o risco de morte

Os adultos entre os 50 e os 71n anos de idade que bebam pelo menos três taças de café por dia poderão ver reduzidos os riscos de morte em 10%, em relação aos que não bebem nenhum café, indicou um estudo do instituto nacional americano do cancro.
Esta pesquisa foi feita a partir de um questionário submetido a um grupo de 40 mil pessoas desta faixa etária, entre 1995 e 1996. E so participantes foram seguidos até 31 de dezembro de 2008.
Os resultados, publicados na revista médica New England Journal of Medicine, datado de 17 de maio, mostra que as pessoas que consomem pelo menos três taças de café por dia, normal ou descafeinado, apresentam menos riscos de morrer de doenças cardio-vasculares e respiratórias, de AVC, de ferimentos, de diabetes ou de infecções.
Apesar de tudo, os investigadores alertam, desde logo, que não podem estar certos, cientificamente falando, que o consumo de café possa prolongar o tempo de vida das pessoas.

Fonte: Diário de Notícias

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A este ritmo serão precisas duas Terras em 2030

Organização ambientalista lançou hoje relatório sobre o estado de saúde do planeta e quer inverter tendências negativas.
A população mundial está a consumir uma Terra e meia e a tendência é para que em 2030 essa voragem cresça para dois planetas. O aumento do número de pessoas e o consumo excesso dos mais ricos ditam este cenário futuro. "Insustentável", diz a WWF (Fundo Mundial para a Natureza) que hoje divulgou o seu Relatório Planeta Vivo 2012. Ali a organização ambientalista internacional faz o ponto da situação e propõe uma série de medidas para travar este caminho de consumo insustentável dos recursos do planeta.
Segundo o documento, a saúde global dos ecossistemas caiu 30% desde 1970, atingindo esse declínio 60% nas regiões dos trópicos. Em contrapartida, a pegada ecológica dos seres humanos está a aumentar. Nesta altura, o planeta necessita de ano e meio para se restabelecer de um ano de exploração e consumo dos recursos pro parte dos seres humanos. Nesta contabilidade, os portugueses estão em 39º lugar, sem dar mostras de abrandamento dos seus hábitos de consumo energéticos, de água ou de produção alimentar.
Racionalizar a produção energética, tornando-a mais verde, ou a produção alimentar e a distribuição de água, eliminando desperdícios são caminhos apontados pela WWF, que antecipou a divulgação do seu relatório, a tempo de influenciar a Cimeira do Rio+20, que se realiza em Junho.

Fonte: Diário de Notícias

terça-feira, 15 de maio de 2012

Desenvolvido implante sem fios para a retina

Cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram um implante para a retina que não necessita nem de cabos de ligação, nem de uma bateria que lhe forneça energia. Funciona com infravermelhos – como o comando de controlo remoto de um televisor –, só que, neste caso, a radiação transmite tanto a informação visual como a energia ao dispositivo colocado na parte de trás do olho.
Revelado na revista Nature Photonics, pela equipa de James Loudin, o dispositivo apenas foi aplicado em ratos, para mostrar que funciona com radiação infravermelha. Mas este implante sem fios é considerado mais um passo para restaurar a visão em pessoas com doenças que danificam a retina.
Este “olho biónico” é constituído por várias partes: um dispositivo implantado na retina dos ratos; por uma câmara minúscula nuns óculos especiais; um computador de bolso que processa as imagens captadas; e, por fim, por um sistema que projecta as imagens no implante, através de flashes de infravermelhos. Ao receber estes impulsos, o dispositivo estimula a retina, explica uma notícia no site da revista Nature.
Desta forma, escreve a revista, simplifica-se o que é necessário pôr dentro do olho, incluindo os cabos, que ligam uma bateria atrás da orelha ao próprio implante. Até ao momento, 66 pessoas na Europa e nos Estados Unidos receberam os implantes actualmente existentes para a retina, ainda com muitas limitações. “Os cirurgiões vão ficar contentes connosco. Temos um único implante. As outras abordagens requerem que grandes peças de equipamento sejam enfiadas no corpo, com um a dois centímetros”, diz James Loudin, citado pela Nature.

Fonte: Público

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Lince ibérico pode ser solução para áreas desertificadas

A ministra do Ambiente defendeu hoje que a reintrodução do lince ibérico em território nacional pode atrair pessoas para zonas desertificadas, mas alertou para a necessidade da coexistência equilibrada da espécie com a caça e a agricultura.
"O grande desafio é conseguir uma compatibilização dos usos no mesmo território de forma equilibrada", referiu Assunção Cristas, sublinhando que as regiões para aonde está prevista a introdução do lince serão valorizadas economicamente.
Segundo a governante, a coexistência da espécie com a caça, a agricultura e outras atividades permitirá a existência de um território mais "rico", "ordenado" e "com capacidade para atrair gente".
A ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, falava hoje à margem da apresentação da implementação do Plano de Ação do Lince Ibérico, no centro nacional de reprodução daquele animal, em Silves.
O projeto que está a ser desenvolvido em cooperação com Espanha consiste na reprodução em cativeiro daquela espécie, com o intuito de inverter o seu processo de declínio e recuperar os núcleos que antes existiam.
Só este ano nasceram no centro de Silves 21 crias de lince ibérico (quatro não sobreviveram), uma taxa de sucesso, já que na anterior época reprodutiva, que decorre entre dezembro e março, nenhuma das crias sobreviveu.
Em menos de um ano alguns deste animais poderão ser reintroduzidos no seu habitat natural, em algumas zonas do país que, de acordo com Assunção Cristas, já estão a ser preparadas para tal, como Moura, no Alentejo.
"Se daqui a uns anos, tivermos na nossa terra o lince ibérico com uma convivência sustentável com as atividades que aqui há, vamos ter zonas muito interessantes para serem visitadas por portugueses e estrangeiros", observou Assunção Cristas.
O Plano de Acção para a Conservação do Lince-ibérico (Lynx pardinus) em Portugal foi aprovado em 2008, mas só agora, quatro anos depois, deverá ser implementado.
O Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico (CNRLI)foi inaugurado em 2009 com o objetivo de reintroduzir a espécie em território nacional.

Fonte: Ecologia

domingo, 13 de maio de 2012

O cérebro dos psicopatas tem menos massa cinzenta

Cientistas britânicos e canadianos afirmam ter confirmado, pela primeira vez, que a psicopatia está associada a anomalias distintivas do desenvolvimento cerebral. Num artigo na revista Archives of General Psychiatry, Nigel Blackwood, do King"s College de Londres, e colegas apresentam o primeiro estudo que examina as diferenças cerebrais entre criminosos violentos com e sem manifestações de psicopatia. Até agora, tinha-se comparado os cérebros de criminosos violentos em geral com os de pessoas que nunca cometeram crimes.
Sabe-se que a maior parte dos crimes violentos é cometida por um pequeno grupo de homens reincidentes com perturbações anti-sociais da personalidade. Mas nem todos são psicopatas e, embora ninguém saiba o que causa a psicopatia em personagens reais como o norueguês Anders Breivik ou ficcionais como Patrick Bateman, protagonista de American Psycho, as diferenças comportamentais entre anti-sociais psicopatas e não psicopatas são claras. Ao passo que os anti-sociais não psicopatas se tornam agressivos em reacção a uma suposta ameaça ou a sentimentos de frustração e têm níveis de ansiedade e uma instabilidade do humor elevados, os psicopatas têm um défice patente de empatia e de remorsos e usam friamente a agressividade para atingir os seus fins. Não distinguem o bem do mal, não se arrependem dos seus actos, gostam de magoar os outros. "Costumamos descrever os não psicopatas como impulsivos (hot-headed) e os psicopatas como frios e calculistas (cold-hearted)", diz Blackwood em comunicado.
Os cientistas utilizaram a ressonância magnética para obter imagens do cérebro de 44 homens adultos que tinham cometido homicídios, violações, tentativas de homicídio ou causado ferimentos corporais graves a terceiros. Desses, 17 correspondiam ao perfil do psicopata, mas não os restantes 27. Também estudaram os cérebros de 22 pessoas não criminosas. E quando compararam as imagens, viram que os psicopatas, e só eles, apresentavam volumes de matéria cinzenta significativamente reduzidos em duas áreas: na região anterior rostral do córtex pré-frontal e nos pólos temporais. Estas duas áreas são importantes na percepção das emoções e das intenções alheias e são activadas quando pensamos em comportamentos morais, explica o mesmo comunicado. E as lesões nessas áreas têm sido associadas à falta de empatia, de medo, de angústia e de sentimentos de culpa e de vergonha.

Responsabilidade penal

Os novos resultados vêm juntar-se a uma série de outros estudos de visualização cerebral que, nos últimos anos, têm vindo a apontar fortemente para uma base neurobiológica da psicopatia, com alterações estruturais assimiláveis a lesões cerebrais. Coloca-se então a questão de saber se os psicopatas podem ou não ser tidos como moral e legalmente responsáveis pelos seus actos. Mais: será que no futuro as neurociências vão permitir responder a esta pergunta melhor do que hoje?
Marta Farah, da Universidade da Pensilvânia, não acredita que as imagens do cérebro possam um dia ser mais informativas do que as avaliações psicológicas no que respeita à intencionalidade dos criminosos psicopatas. "Diz-se amiúde que não é o cérebro que comete os crimes, mas as pessoas", explica, citada num artigo publicado no site da DANA Foundation (organismo filantrópico que promove a investigação do cérebro). "E mesmo que uma imagem cerebral confirme uma dada perturbação, é pouco provável que possa fornecer uma resposta claramente afirmativa ou negativa à questão de saber se o arguido foi ou não responsável por um acto."
Também para Michael Gazzaniga, não é possível, pelos menos por enquanto, "reconstituir, num dado instante, as intenções de uma pessoa com base nos seus mecanismos neurais". Mas este conhecido neurocientista norte-americano acredita que este tipo de provas acabará por entrar nos tribunais e diz que temos "de nos preparar". Marta Farah, que concorda com essa inevitabilidade, diz que vai ser preciso garantir que os cientistas percebem a relevância legal do seu trabalho e os advogados as vantagens e limitações da ciência.

Fonte: Público

sábado, 12 de maio de 2012

Peritos querem aprovado 1º fármaco para prevenir sida

Um painel de peritos da Administração de Fármacos e Alimentos (FDA, na sigla inglesa) dos Estados Unidos recomendou hoje a aprovação do primeiro fármaco para prevenir a infeção pelo vírus de imunodeficiência humana (HIV), que causa a sida.
Os peritos recomendaram a aprovação do fármaco "Truvada" e agora a FDA, que só segue os conselhos dos seus comités assessores, se pronunciará sobre o assunto previsivelmente em junho.
Segundo os especialistas, o consumo de "Truvada" ajudaria a prevenir as infeções e pessoas saudáveis com alto risco de contrair o vírus, incluindo os homens homossexuais e bisexuais, e os casais heterossexuais em que dos elementos seja HIV positivo.
Segundo o painel, não está tão clara a efetividade do medicamento entre as mulheres.
O medicamento "Truvada" já está aprovado pela FDA para o tratamento das infeções por HIV.

Fonte: Diário de Notícias

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Descoberto o mais antigo calendário maia

O calendário maia mais antigo fica no n.º 54 da povoação de Xultún.
Xultún fica na Guatemala, na América Central. É um local arqueológico da antiga civilização maia, que foi descoberto em 1905, mas passados mais de cem anos continua muito pouco estudado, e por isso pronto a revelar surpresas. Desde 2010 que uma equipa da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, está a estudar uma das casas do complexo, e encontrou pinturas da época clássica dos maias e o calendário mais antigo desta civilização, escrito nas paredes interiores da casa. A descoberta é publicada hoje na revista Science.
A casa está no meio de floresta tropical, e a envolvente que fica a poucos quilómetros da pirâmide de Tikal, no Norte da Guatemala, parece-se mais com uma habitação dos pequenos hobbits. Está um metro abaixo da superfície e nada tem que ver com as imponentes estruturas arquitectónicas desta civilização, que não sobreviveu à chegada dos europeus em 1492.
A povoação de Xultún estava habitada muito antes do derramamento de sangue que aconteceu com a vinda dos espanhóis. As pinturas desta casa, estudada por William Saturno e colegas, deverão ser do início do século IX d.C., mais precisamente do ano 813 ou 814, o que corresponde à época clássica dos maias, iniciada no ano 300 e que finda em 950.
Nesta altura, a povoação deveria ter dezenas de milhares de pessoas. A casa é mais uma de um complexo habitacional extenso. Tem o número 54, dado pelos investigadores da Universidade de Harvard que, na década de 1970, cartografaram parte do local. Numeraram apenas até à casa 56, há mais alguns milhares que ainda não têm número.
Mas o n.º 54 revelou mais do que o esperado. A estrutura já tinha sido saqueada, muito provavelmente por ladrões de túmulos. Por isso, parte do seu interior estava à mercê dos elementos da natureza e dos mosquitos. “Quando a vimos, pensámos: ‘Vamos entrar e ver o que resta e, se não houver nada, ao menos ficamos a saber o tamanho da divisão’”, disse William Saturno, da Universidade de Boston, numa entrevista num podcast da Science. Em 2010 e 2011, a equipa esteve primeiro a desenterrar a casa e depois a estudar as pinturas surpreendentes que encontrou.

Três paredes recheadas

A divisão tem 1,95 por 1,8 metros, e uma altura de três metros. O tecto é encurvado e, ao longo da divisão, há um banco de pedra que serviria de assento. “Pensamos que esta casa foi utilizada para a escrita. Está ligada a um complexo utilizado por escribas maias”, explica William Saturno.
A equipa chegou a estas conclusões depois de ver as pinturas. Quem entra na pequena casa encontra na parede à esquerda três figuras pretas sentadas, de tamanho natural, que olham para a parede mesmo à frente da porta de entrada. Nesta parede está um homem pintado de cor de laranja, com um estilete. Provavelmente, seria um escriba e tinha a mão esticada para outra figura mais imponente — devia ser o rei de Xultún —, o que mostra a relação entre quem vivia ali e a família real. As figura “estão envolvidas numa narrativa, em que o rei personifica uma divindade maia”, diz William Saturno.
Apesar de estes desenhos serem uma surpresa, não são uma novidade em relação ao que se conhece da época. O que é “fantástico”, nas palavras do arqueólogo, são os hieróglifos milimétricos escritos a preto e vermelho ao lado da pintura do rei e na parede à direita, que representam contagens de dias. Os famosos calendários maias já conhecidos, com os ciclos da Lua, de Marte e Vénus, como o códice de Dresden ¬— escrito em “papel” feito de casca de figueira —, são do período pós-clássico. O códice de Dresden é do século XI ou XII. Estas novas tabelas, do início do século IX, são assim mais antigas.
“Pela primeira vez, pudemos ver como eram os registos de um escriba”, disse Saturno. “Pareciam usar [as paredes] como um quadro de escola.” As tabelas, que não estão relacionadas com as pinturas, representam os calendários maias referentes aos ciclos de 260 dias das suas cerimónias, assim como os ciclos de 365 dias do Sol, 584 dias de Vénus e 780 dias de Marte destes astros no céu.
As tabelas têm colunas de números representados por pontos e travessões. O cientista refere que estes registos mais antigos não são tão correctos como os do códice de Dresden, que revela uma contagem aperfeiçoada dos dias até aos próximos eclipses lunares. Mas reflectem uma forma de olhar o mundo. “Os antigos maias previam que o mundo ia continuar e que daqui a 7000 anos as coisas iriam ser exactamente como agora”, diz William Saturno. “Continuamos sempre à procura de fins para as coisas. Mas os maias procuravam uma garantia de que nada iria mudar. Tinham uma forma de pensar completamente diferente.”

Fonte: Público

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Estranha criatura ou placenta de baleia?

Foi capturado um vídeo com uma estranha criatura subaquática. As opiniões dos cientistas divergem e enquanto uns dizem que pode apenas tratar-se de placenta de baleia, outros afirmam que se trata de um exemplar de uma espécie de medusa.
Circula na Internet um vídeo do que pode ser uma estranha criatura, não se sabendo ao certo a sua origem. Meio milhão de pessoas já viram o vídeo e os rumores dispararam em flecha.
Alguns cientistas afirmam que se trata de uma Deepstaria Enigmatica, uma espécie de medusa com cerca de 60 cm de diâmetro, que vive nas profundezas marítimas e já tinha sido descrita em 1967 por F.S. Russell, o falecido biólogo marinho.
Rapidamente surgiram outras teorias, um pouco mais mirabolantes, que garantem tratar-se de um Cthulhu, uma criatura fictícia, inventada pelo escritor Howard Phillips Lovecraft.
Ainda que possa tratar-se de uma Deepstaria Enigmatica, outros investigadores são da opinião de que poderá ser ainda uma Gigantea Stygiomedusa, uma espécie que poderá medir quase seis metros.
Alguns cientistas afirmam tratar-se apenas de placenta de baleia ou até de redes de pescadores.
Por enquanto, permanece o mistério em relação à origem deste objeto ou ser não identificado.

Fonte: Diário de Notícias

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Aberta porta para uma vacina universal contra a gripe

Todos os anos, é preciso tomar uma nova vacina para o vírus da gripe sazonal, porque ele sofreu entretanto modificações, que levam as vacinas anteriores a deixarem de funcionar. Uma equipa canadiana descobriu agora que a vacina de 2009 para o vírus H1N1, ou vírus da gripe suína, conseguiu desencadear a produção pelo sistema imunitário de anticorpos contra uma série de estirpes do vírus da gripe – incluindo o letal vírus da gripe das aves, ou H5N1.
Em 2009, a pandemia do vírus da gripe suína matou mais de 14 mil pessoas em todo o mundo. Foi uma pandemia diferente, porque os seres humanos nunca tinham sido antes expostos a um vírus semelhante a esse. Foi também a vacina produzida contra esta infecção que permitiu a descoberta anunciada esta terça-feira, na revista Immunology pela equipa de John Schrader, da Universidade da Colúmbia Britânica.
O vírus da gripe contém à superfície uma proteína, a hemaglutinina (HA), que é como se tivesse uma cabeça e uma cauda. “O vírus da gripe liga-se às células humanas através da cabeça da HA, como uma ficha a uma tomada eléctrica”, explica Schrader, citado num comunicado da sua universidade. “As vacinas da gripe actuais têm como alvo a cabeça da HA para evitar a infecção. Mas como o vírus da gripe sofre mutações muito rápidas, esta parte da HA muda constantemente, daí a necessidade de diferentes vacinas a cada estação da gripe.”
Ora, a equipa percebeu que a vacina para o vírus H1N1 induzia o sistema imunitário a produzir anticorpos capazes de combater diferentes estirpes, o que conferiu uma protecção alargada (as vacinas têm partes dos agentes infecciosos, para forçar o organismo a produzir anticorpos específicos contra eles). “Isto aconteceu porque, em vez de atacarem a cabeça mutável da HA, os anticorpos ligaram-se à sua cauda, neutralizando o vírus da gripe”, explicou Schrader. “A cauda desempenha um papel essencial na penetração do vírus na célula e não muda entre as diferentes estirpes do vírus.”
Embora diga que nesta descoberta pode estar o início do desenvolvimento de uma vacina universal, o investigador é cauteloso: diz que o sistema imunitário torna difícil a produção dessa vacina, lembrando que foi pelo vírus de 2009 ser diferente que essa protecção alargada se verificou. Se uma futura vacina misturar vírus que não circulem entre os humanos, mas nos animais, talvez se consiga esse efeito protector de largo espectro. Nesse dia, a gripe que todos os Invernos nos leva à cama poderá tornar-se apenas uma lembrança do passado.

Fonte: Público

terça-feira, 8 de maio de 2012

Meningite: Investigadores mais perto de descobrir vacina

Um grupo de investigadores de uma universidade australiana afirma estar mais perto de desenvolver uma vacina contra um tipo de meningite, que ataca maioritariamente na Europa e na América do Norte e mata anualmente centenas de pessoas.
Testes feitos em adolescentes na Austrália, Polónia e Espanha demonstraram que estes desenvolviam imunidade sem grandes efeitos secundários, de acordo com um estudo publicado na revista médica "The Lancet Infectious Diseases".
Depois de lhes ser administrada a vacina, os membros do grupo de teste geraram anticorpos que são ativos contra 90 por cento das estirpes de meningite do grupo B, que afetam os Estados Unidos e a Europa.
"Os dados sugerem que esta vacina é uma promissora e amplamente protetora da doença meningocócica do subgrupo B", afirmou o primeiro autor do estudo, Peter Richmond, da Escola de Pediatria e Saúde da Criança da Universidade do Oeste da Austrália.
A meningite, uma inflamação das películas que envolvem o cérebro e a espinal medula, atinge sobretudo adolescentes e tem uma taxa de mortalidade entre os cinco e os 14 por cento.
Muitos dos que sobrevivem à doença ficam com danos neurológicos permanentes e perda de audição.
Há vacinas contra os tipos A e C de meningite, mas nenhuma delas é eficaz contra as estirpes do subgrupo B, prevalentes maioritariamente em países industrializados.
"Os resultados demonstraram que três doses produziram uma resposta imunitária, o que indica proteção, em 80 a 100 por cento dos adolescentes", refere um comunicado.
Os autores da investigação referiram que irão realizar mais testes para determinar a duração da proteção dada pela vacina.
"Se testes adicionais mostrarem imunogenicidade (a capacidade de produzir uma resposta imunitária) e tolerabilidade, esta vacina pode ajudar a reduzir a carga global da doença meningocócica invasiva".

Fonte: Diário de Notícias

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Cabelo loiro dos habitantes das Ilhas Salomão deve-se a um gene nativo

O que é que faz um geneticista, deitado na praia numa ilha paradisíaca do Pacífico a ver crianças a brincar, quando repara na profusão de pequenas cabeças loiras à sua volta? "Calcula a frequência das crianças com essa cor de cabelo e pensa: "Uau! É de 5 a 10%!"", diz Sean Myles, que ficou fascinado com a questão em 2004, durante uma viagem às Ilhas Salomão, situadas a leste da Papuásia-Nova Guiné. Agora, anos mais tarde, Myles e a sua equipa da Universidade de Stanford (Estados Unidos), juntamente com colegas da Universidade de Bristol (Reino Unido), conseguiram explicar por que é que há tantos loiros naquele país da Melanésia.
A explicação não podia ser mais simples - e não se trata, ao que tudo indica, nem de uma resposta à exposição solar nem de um efeito da dieta local, rica em peixe, como os próprios habitantes dessas ilhas especulam. Esta característica física, tanto mais invulgar quanto os habitantes das Ilhas Salomão são a população não africana com a pele mais escura do planeta, deve-se a uma variação genética num único gene.
Mais: essa variante é nativa daquela região e é portanto diferente da variante genética responsável pelo cabelo loiro dos europeus do Norte - a outra região do mundo com a maior percentagem de loiros naturais.
Os resultados, publicados hoje na revista Science, constituem "um dos mais belos exemplos até à data do mapeamento de um traço genético simples nos seres humanos", comenta David Reich, um especialista da Universidade de Harvard que não participou no estudo, citado por um comunicado de Stanford.
O fascínio de Myles perdurou e, em 2009, o investigador voltou às Ilhas Salomão com Nicholas Timpson (de Bristol) para estudar as bases genéticas dessa singularidade capilar da população. Juntos, relata o mesmo comunicado, os dois cientistas "andaram de aldeia em aldeia, explicando o que queriam fazer e pedindo autorização para recolher dados, com Myles a falar o pidgin [um crioulo primitivo] das Ilhas Salomão". Falam-se lá dezenas de línguas diferentes (o que faz desta nação uma das mais diversas do mundo em termos linguísticos) e o pidgin é a mais compreendida por todos.
Quando o chefe local dava a luz verde, os cientistas recrutavam os participantes, avaliavam a cor da pele e do cabelo com a ajuda de um instrumento óptico, mediam a pressão arterial, a altura e o peso de cada um e pediam-lhes para cuspir dentro de um tubinho para depois poderem extrair e analisar o ADN da saliva. Num mês, recolheram assim mais de 1200 amostras.

Como na Irlanda
Já em 2010, em Stanford, juntamente com Carlos Bustamante e Eimear Kenny, a equipa seleccionou as amostras de saliva de 43 loiros e de 42 dos voluntários mais morenos e Kenny realizou uma análise de associação genética à escala do genoma (genome-wide association study).
Como a maior parte dos traços físicos humanos costumam ser o resultado de uma combinação de factores genéticos e ambientais, não esperavam ver nada de muito conclusivo. Em vez disso, Eimear Kenny deu de caras com "um único sinal, muito forte" no cromossoma 9, que permitia explicar 50% da variabilidade da cor do cabelo dos nativos das Ilhas Salomão. O gene em causa chama-se TYRP1, comanda o fabrico de uma enzima que se sabe influir na pigmentação no ratinho e no ser humano - e a variante agora descoberta neste gene na população das Ilhas Salomão não está presente nos genomas dos europeus. "Portanto, esta característica do cabelo loiro surgiu independentemente na Oceânia equatorial, o que é bastante inesperado e fascinante", diz a cientista, salientando ainda que "a frequência [de loiros nas Ilhas Salomão] é mais ou menos igual à do sítio onde nasci" - a Irlanda.
"O cabelo naturalmente loiro é um traço surpreendentemente invulgar nos humanos e está tipicamente associado às populações dos países escandinavos e do Norte da Europa", diz por seu lado Timpson, citado por um comunicado da Universidade de Bristol. Este cientista não é tão afirmativo como a sua colega, salientando que "a questão de sabermos se esta variação genética se deveu à evolução ou a uma hibridação recente requer estudos mais aprofundados".
Seja como for, hoje em dia, a maior parte dos estudos de associação genética é feita em populações de origem europeia. Daí que estes resultados ponham em evidência, segundo Bustamante, a importância de realizar também estudos genéticos em populações isoladas. "Se queremos desenvolver a próxima geração de tratamentos médicos com base na informação genética e não incluímos um leque suficientemente amplo de populações, poderíamos acabar por beneficiar desproporcionadamente algumas e prejudicar outras."

Fonte: Público

domingo, 6 de maio de 2012

Descoberta nova pista sobre futuro do sistema solar

Foram descobertos detritos de planetas rochosos com propriedades semelhantes à Terra, no âmbito de uma investigação realizada através do telescópio espacial Hubble. Este cenário poderá ser o futuro do sistema solar.
Astrofísicos da Universidade de Warwick, em Inglaterra, descobriram quatro estrelas anãs brancas, envolvidas em poeira proveniente de corpos planetários, que originalmente tinham grandes semelhanças com a composição da Terra.
Estas descobertas, proporcionadas através da utilização do telescópio espacial Hubble, permitiram o conhecimento da composição química atmosférica das estrelas anãs brancas, sendo que os investigadores concluíram que os elementos mais comuns presentes nesta poeira são oxigénio, magnésio, ferro e silício, que compõem cerca de 93% da Terra.
A revelação mais significativa desta investigação é o facto de os níveis de carbono serem extremamente baixos, o que condiz com a composição da Terra e de outros planetas em órbita perto do Sol.
Esta é a primeira vez que são medidos níveis tão baixos de carbono na atmosfera das estrelas anãs brancas, que está poluída por detritos. Assim, é provável que estas estrelas tenham estado perto de planetas semelhantes à Terra e que foram entretanto destruídos. É inevitável pensar que o mesmo acontecerá com o nosso planeta, num futuro provavelmente muito distante.
Estas atmosferas são feitas de hidrogénio e/ou hélio, fazendo com que qualquer elemento pesado que entre nesta atmosfera seja arrastado para o seu núcleo e desapareça, numa questão de dias, devido à elevada gravidade das estrelas anãs.
O professor Boris Gänsicke, do Departamento de Física da Universidade de Warwick, que conduziu este estudo, afirma que o processo destrutivo que causou a circulação desta poeira à volta das estrelas anãs provavelmente será visto um dia no nosso sistema solar. Acrescenta que "o que estamos a ver hoje, nestas estrelas anãs, poderá ser, dentro de alguns anos-luz, o futuro da Terra".

Fonte: Diário de Notícias

sábado, 5 de maio de 2012

As membranas celulares são como mantas de retalhos

Cientistas alemães conseguiram obter imagens muito mais nítidas do que anteriormente da estrutura molecular da membrana de células de levedura.
E descobriram que essa membrana está organizada em áreas independentes umas das outras, contendo cada uma apenas um número limitado de tipos de proteínas. Por outras palavras, está literalmente estruturada como uma manta de retalhos.
A membrana celular é composta por moléculas de lípidos e de proteínas e desempenha uma série de funções vitais para a célula – a começar pela simples função de fronteira, de barreira, que separa o interior da célula do mundo exterior. A membrana também recebe e processa os inúmeros sinais químicos vindos do interior e do exterior, que a seguir irão desencadear as diversas respostas da célula essenciais ao seu desenvolvimento – como por exemplo, a sua divisão – e devido funcionamento.
Até aqui, pensava-se que os lípidos e as proteínas das membranas celulares se encontravam em fluxo constante e não formavam estruturas fixas. Mas, mais recentemente, percebeu-se que algumas proteínas das membranas estavam organizadas em domínios delimitados.
Mas agora, Roland Wedlich-Söldner e colegas do Instituto Max Planck, na Alemanha, cujos resultados foram publicados na revista Nature Cell Biology, descobriram que essa organização por áreas parece ser a regra e não a excepção. Visualizaram as proteínas da membrana celular da levedura utilizando marcadores fluorescentes e, conforme explicam em comunicado, mostraram experimentalmente que a distribuição dos diversos tipos de proteínas pelas diversas áreas da membrana é tão precisa que, se uma proteína for deslocada para a área errada, pode mesmo deixar de funcionar.
Estes cientistas também mostraram que os lípidos são indispensáveis para que cada tipo de proteína consiga “encontrar” e ancorar-se na sua área correcta de localização à superfície da célula. Mais precisamente, o estudo revelou que diferentes tipos de lípidos se acumulam preferencialmente à volta de determinados tipos de proteínas – e que isso atrai para a área em questão outras proteínas do mesmo tipo. Isto poderá fornecer um primeiro elemento de explicação, diz ainda o comunicado, de algo que até agora permanecia um mistério: como é que que as membranas celulares se conseguem auto-organizar

Fonte: Público

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A razão do cheiro dos livros antigos


Todos conhecemos o cheiro de um livro mais antigo. Gostemos ou não, ele existe e há uma razão. Cientistas da Universidade de Londres explicam o que acontece nas páginas amareladas pelo tempo.
Químicos da Universidade de Londres investigaram o odor dos livros antigos e concluíram que esse cheiro tem origem na reacção produzida entre a composição orgânica do livro e uma série de factores, como o calor, a luz, a humidade e, principalmente, os produtos químicos utilizados na sua produção.
Com o passar do tempo cada livro fica repleto de componentes orgânicos muito voláteis que circulam pelo ar e acabam por ficar impregnados nas páginas.
Estiveram em investigação as propriedades da madeira que fazem o papel e também a tinta do texto e das ilustrações. Sob o ponto de vista de um químico, a maior razão do apodrecimento dos livros é a sua acidez, que acelera o processo de deterioração e acentua o cheiro. É muito comum encontrar elevados níveis de acidez em livros impressos nos séculos XIX e XX, pelo que se explica o cheiro associado aos livros mais antigos.
Os peritos afirmam que os livros podem absorver cheiros fortes, presentes no ambiente, como, por exemplo, o cheiro a tabaco. Acrescentam que a melhor forma de preservar os livros é guardá-los num local fresco, num ambiente seco e longe da luz direta do sol.

Aqui fica um vídeo que explica esta situação...



Fonte: Diário de Notícias

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Publicada a receita que tornou o vírus da gripe das aves transmissível entre mamíferos

Quatro mutações genéticas separam o mundo de uma pandemia provocada pelo perigoso vírus da gripe das aves? Não se sabe. Mas a equipa de Yoshihiro Kawaoka, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, conseguiu adaptar a “antena” do vírus H5N1 para infectar as células de mamíferos, de modo a ser potencialmente transmissível entre pessoas.A receita, que permitiu criar em laboratório um H5N1, foi publicada hoje na revista Nature, depois de uma polémica de meses sobre se devia ou não ser divulgada. A equipa diz que pode ajudar a antecipar ocorrências de vírus na natureza com potencial pandémico.
O H5N1 já infectou 602 pessoas desde 1996, quando foi descoberto. Estes doentes contraíram a gripe em contacto muito próximo com as aves — o hospedeiro natural deste vírus. Apesar de não terem transmitido o H5N1 a outras pessoas, 355 dos doentes morreram, o que equivale a 60% de mortes. Um número brutal quando comparado com a gripe suína H1N1, que em 2009 fez as parangonas noticiosas, mas causou a morte a muito menos doentes: 0,01%.
Várias equipas já tinham tentado perceber como é que o vírus pode transmitir-se entre pessoas. Kawaoka deu o passo decisivo e em Agosto de 2011 apresentou o estudo à Nature. A demora da publicação deveu-se à polémica gerada: temia-se que o trabalho fosse usado para produzir armas biológicas. Só depois de se avaliarem os prós e contras da divulgação desta investigação é que o Governo dos EUA deixou sair o artigo.

Quatro mutações
Os vírus são uma cápsula de proteínas que protege um pedaço de material genético. Ligam-se às células para injectarem este material usando uma proteína específica, uma espécie de “antena” que reconhece a célula certa. Depois, a maquinaria celular faz o resto do trabalho: multiplica o material genético do vírus, produz as suas proteínas e, de um momento para o outro, novos vírus ficam prontos para atacarem outras células.
No caso da gripe, a “antena” do vírus é a hemaglutinina, ou HA, que pode ter variações como H1 e H2. A H5 do vírus da gripe das aves é perfeita para infectar o tecido respiratório delas, mas nos humanos não infecta as células das vias respiratórias superiores. E é esta característica que torna o vírus transmissível entre pessoas. Mas teme-se que ocorram mutações na natureza que façam com que o vírus se adapte aos humanos.
Ora, a equipa de Kawaoka conseguiu isso no laboratório. Provocou mutações aleatórias na região da proteína H5 que está em contacto com os receptores, ou portas de entrada, das células. “Antes de iniciarmos a experiência, sabíamos que a especificidade do receptor era importante”, disse Kawaoka à Nature. “Mas não sabíamos o que mais era necessário.”
Uma das 2,1 milhões de proteínas resultantes das experiências tinha duas mutações, que a tornaram específica para as células das vias respiratórias superiores. Depois, os cientistas fabricaram um novo vírus H5N1, que inclui o gene que comanda a produção da nova H5 e ainda mais sete genes do vírus H1N1 da gripe suína. Com o novo vírus, infectaram furões, o modelo preferido para estudar a gripe. Ao fim de algum tempo, gerou-se um H5N1 com mais duas mutações na H5, que o tornou facilmente transmissível entre os furões através de gotículas aéreas.
Embora o novo vírus não seja letal nos furões, ninguém sabe se aparecerá na natureza. A vantagem, diz Kawaoka, é que se identificaram os mecanismos pelos quais o vírus passou a ser transmissível em mamíferos, o que ajudará a perceber se a próxima pandemia está a chegar.
Sobre a possibilidade de o artigo poder ter sido censurado e, caso isso tivesse acontecido, a informação só chegar a alguns investigadores, o editor da revista Nature, Philip Campbell, numa conversa com a BBC News, questionou essa opção: "Se vamos pela via da censura, como é que se decide quais os investigadores que recebem informação sensível? E como é que se pode assegurar, de uma forma realista, que uma vez que a informação chegue ao ambiente universitário, não vá mais longe?"

Fonte: Público

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Austrália classifica coala como espécie vulnerável

O coala foi classificado nesta segunda-feira como uma das espécies a proteger em várias regiões da Austrália, onde a sua sobrevivência está ameaçada pela urbanização, atropelamentos ou doenças, anunciou o Governo.
As populações de coalas (Phascolarctos cinereus) das províncias de Nova Gales do Sul, Queensland e da região em redor da capital, Camberra, foram classificadas entre as espécies “vulneráveis”. Esta é a categoria inferior à categoria “em perigo”, segundo a lista da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Segundo a estação australiana ABC, as populações de coalas das duas primeiras regiões registaram reduções de 40% nos últimos 20 anos; hoje já não existem coalas em estado selvagem perto de Camberra.
“O coala é o símbolo da Austrália e tem um lugar especial no nosso país”, disse o ministro do Ambiente, Tony Burke. O Governo anunciou ainda a criação de um fundo para apoiar investigações sobre o habitat do animal.
O pequeno marsupial, espécie endémica australiana, está a sofrer com a redução do seu habitat nas regiões mais densamente povoadas, segundo um relatório oficial de 2011. Antes da chegada dos colonos britânicos, em 1788, eram vários milhões os coalas a viver na Austrália. Mas, nos anos 1920, foram mortos pelo seu pêlo e as populações diminuíram drasticamente, especialmente nas regiões do Sul. A indignação popular pôs fim à carnificina. Mas a urbanização do país tornou-se uma nova ameaça. Hoje deverão existir apenas 40.000 coalas.
Ainda assim, nas províncias de Victória e Austrália do Sul, as populações são consideradas excessivas e “devem ser controladas”, disse Tony Burke.

Fonte: Público

terça-feira, 1 de maio de 2012

Diabetes tipo 2 evolui mais depressa nas crianças

A diabetes tipo 2 ligada com o excesso de peso progride mais depressa e é mais difícil de controlar nas crianças e adolescentes. O tratamento oral deixa de funcionar ao fim de alguns anos, concluiu um grupo de cientistas norte-americanos.
Durante quatro anos, o grupo de investigadores acompanhou cerca de 700 jovens com idades entre os 10 e 17 anos. Todos eles tinham excesso de peso, alguns eram mesmo obesos, refere a TSF.
A maioria pertencia a famílias com baixos rendimentos, vivia apenas com um dos pais e tinha casos de diabetes na família. Os jovens foram divididos em três grupos, cada um com tratamentos diferentes, e os resultados foram desanimadores.
Todos os grupos revelaram altos níveis de fracasso, ou seja, não conseguiam controlar o nível de açúcar no sangue.
Os cientistas não têm certezas quanto à causa deste problema, mas admitem que o crescimento rápido e as mudanças hormonais características da puberdade podem ajudar a explicar o fenómeno.

Fonte: Diário de Notícias