sábado, 14 de junho de 2014

Dinossauros não tinham sangue frio... nem quente

O debate sobre se os dinossauros seriam animais de sangue frio, como os répteis, ou seres capazes de autorregular a temperatura do corpo, como acontece com a maioria dos mamíferos, dura há mais de 50 anos, sem provas definitivas a pender para nenhum dos lados. O impasse, no entanto, está prestes a findar, depois de um grupo de investigadores dos Estados Unidos ter apresentado ontem, na revista Science, dados que apontam para algo um pouco diferente: os dinossauros seriam, afinal, espécies de meio termo. Não eram muito frios, mas também não chegavam a ser quentes.
Hoje, os poucos exemplos vivos desse metabolismo de meio termo podem ser encontrados em peixes como o atum, e em alguns animais terrestres raros e pouco conhecidos, como é o caso do equidna, um pequeno mamífero que se assemelha um pouco a um ouriço-cacheiro, e que só existe na Austrália e na Nova Guiné. Mas que meio termo é este, afinal?
A ideia é que entre os animais de sangue quente - que conseguem regular a temperatura do próprio corpo e que utilizam a mesma energia para se movimentar de forma rápida e eficaz e para pôr o cérebro a trabalhar - e os de sangue frio, que dependem da temperatura externa, mas que não precisam de comer muito para sobreviver, existe este meio termo. Eventualmente, ele até foi, inaugurado com os próprios dinossauros.

Fonte: Diário de Notícias

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