segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Brasil perde estação na Antárctida para as chamas e vai construir outra

A Presidente do Brasil, Dilma Roussef, emitiu um comunicado em que exprimiu “grande consternação" pelo acidente, elogiou o trabalho dos militares que apagaram o fogo no local e a investigação cíentífica que era conduzida na base. Roussef afirmou, na nota, que o país tenciona reconstruir a estrutura.
Os planos para a construção da nova estação na Antártica, na Ilha Rei George, deverão arrancar já nesta segunda-feira, segundo afirmou o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, ouvido pela Agência Brasil.
"A nossa ideia é imediatamente, já, chamar arquitectos para fazer desenhos, inclusive um desenho mais novo. Não estou dizendo que é por isso que aconteceu o incêndio, mas, obviamente, a base começou há 30 anos. Agora já podemos pensar numa coisa para o futuro, digamos, de maneira mais completa, mais orgânica", adiantou Celso Amorim.
Não há ainda estimativas sobre quando estará pronta a nova estrutura.
A estação que o Brasil tinha naquela região sofreu um incêndio na madrugada de sábado, cujas causas ainda estão por apurar. Dois militares acabaram por morrer nas chamas. Os restantes ocupantes da estação – que alojava pessoal militar, investigadores e pessoal de apoio – foram transferidos ilesos para a estação chilena naquela área, a bordo de um helicóptero argentino.
Não há ainda um relatório oficial sobre os prejuízos causados pelo incêndio, mas os relatos apontam para danos irreparáveis e muito material de pesquisa perdido.
“A estação acabou", afirmou um oficial da Marinha brasileira, citado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Já uma bióloga da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que contactou com colegas que trabalhavam estação, explicou que estes saíram do local e “deixaram tudo para trás, documentos, pesquisas, bagagem”. A investigadora acrescentou: “É uma perda irreparável. Contaram que uns foram sendo acordados pelos outros, porque o alarme de segurança da estação não soou. Estamos consternados. Parece que não sobrou nada"

Fonte: Público

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